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Novas instalações para PSP da Guarda em «análise»

Comando Distrital celebrou 130 anos e recordou que continua num edifício que já acolhia a polícia em 1897

A reivindicação já é antiga, mas é recordada todos os anos no aniversário do Comando Distrital da PSP da Guarda. Na passada quarta-feira, o intendente Salvado Lopes voltou a insistir na necessidade de novas instalações.

«As instalações não estão de forma alguma em consonância com as exigências policiais que são feitas a um Comando desta dimensão nem com a qualidade e dignidade de que se deve revestir um serviço público desta natureza», afirmou o comandante distrital na cerimónia do 130º aniversário da PSP na Guarda. De resto, o oficial lembrou que o Comando está instalado num edifício – onde também funcionou o extinto Governo Civil – que «já acolhia a PSP em 1897, quando o seu efetivo era de 26 profissionais». Segundo o responsável, um novo edifício permitirá a concentração dos serviços que estão dispersos pela cidade e a resolução dos «problemas de acentuada exiguidade das atuais instalações». O diretor nacional da PSP, Luís Farinha, adiantou aos jornalistas que «a Direção Nacional está empenhada, conforme está o senhor presidente da Câmara e o Ministério, em que se arranje uma solução que permita agregar num único espaço as instalações dispersas do Comando Distrital da Guarda e criar melhores condições de trabalho».

Por sua vez, o presidente Álvaro Amaro indicou que as várias entidades envolvidas estão a realizar um trabalho de «análise» para resolver este problema. O INTERIOR noticiou recentemente que uma das hipóteses em cima da mesa é transferir a PSP para as antigas instalações do Instituto Português da Juventude, desocupadas há cerca de dois anos. Entretanto, na cerimónia de aniversário foram divulgados os resultados do estudo sobre segurança realizado pelo Comando da Guarda e o IPG. O inquérito, em que foram abordados 664 residentes na área urbana, conclui que «80 por cento da população considera a Guarda uma cidade segura». Danos e vandalismo é o tipo de crime mais praticado, seguido do consumo e tráfico de estupefacientes e de furto em edifícios comerciais. Como medidas sugeridas para combater esta criminalidade, os inquiridos apontam o aumento do policiamento na via pública, o combate ao crime de estupefacientes e o aumento das penas para os infratores, indicou Elisa Figueiredo. A docente do IPG acrescentou que os residentes consideram a zona histórica como a «mais crítica» da cidade em termos de insegurança, seguindo-se o parque municipal e o bairro das Lameirinhas.

Luis Martins Novo espaço permitirá concentrar a secção de trânsito (na foto) e a brigada criminal atualmente dispersos pela cidade

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