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Novas empresas nascem na região

Quatro novos projectos arrancam em Seia com o apoio do CACE da Beira Interior

Numa altura em que continuam a encerrar empresas por causa da crise económica, o Centro de Apoio à Criação de Empresas (CACE) da Beira Interior, em Seia, aposta em quatro novos projectos. Até porque, no meio de tantas falências, este é um «bom momento» para surgir “sangue novo” no tecido empresarial da região. O optimismo é do director do CACE, António Andrade Ferreira, que acredita no sucesso das novas empresas e considera que o futuro do ramo empresarial passa pela criação de micro-empresas. Neste sentido, o CACE, organismo do Instituto de Emprego e Formação Empresarial (IEFP), promoveu na passada segunda-feira a apresentação pública das novas empresas apoiadas.

«A época das grandes empresas já passou», afiança António Andrade Ferreira, pelo que se deve apostar nas valências locais e aproveitar os recursos regionais. É nesse contexto que surge a instalação de quatro novas empresas no CACE da Beira Interior, que funciona como “incubadora” de projectos. Trata-se da “HISSENA”, uma empresa que pretende prestar assistência no âmbito da Medicina, Higiene e Segurança no Trabalho. Por não haver nenhum serviço do género implantado na região, o director acredita que pode ser «uma mais valia», cuja credibilidade é conferida pelos profissionais que são os mentores do projecto. Uma «inovação por completo» é o projecto “PORTBASS”. Apesar de ainda se encontrar a ultimar o processo de constituição, a empresa, «inovadora e única», pretende projectar e gerir áreas de pesca concessionadas, bem como, organizar eventos na área da pesca desportiva. Contudo, a sua «grande valência» assenta na comercialização dos produtos de pesca e na formação. Posteriormente, o projecto vai incidir na consultoria da pesca desportiva, junto, nomeadamente, «das autarquias que tenham pesca concessionada», explica Andrade Ferreira, para quem esta é uma iniciativa que pode ter um «efeito multiplicador» no turismo da região.

Na área da indústria, a “MOLDISENA” vai iniciar actividade no sector de molduras, vidraria e concepção de peças decorativas em vidro. A empresa é uma nova aposta no mobiliário artístico e na arte decorativa em vidro. Já a “MONTYSESTRELA” é outro desafio aceite pelo Centro de Apoio à Criação de Empresas que consiste na produção de artigos em pele com pêlo, caso de pantufas, chinelos, carteiras, porta-chaves, entre outros. «Uma empresa única na região», garante o director do CACE, por causa da diversidade dos artigos de pele com pêlo e também porque o processo vai ser desenvolvido artesanalmente, o que evidencia a «qualidade do produto único», salienta. Neste momento a empresa está a ultimar o licenciamento, mas a intenção é produzir para o mercado local. No entanto, já se encontra a conquistar os mercados internacionais, designadamente em Itália e Espanha. Para o responsável pelo CACE, esta é uma «excelente aposta» dada a proximidade com a Serra da Estrela, referindo que a empresa já possui encomendas «superiores às suas capacidades».

Andrade Ferreira acredita que estas novas empresas vão ter sucesso, pois o «futuro do ramo empresarial passa pela criação de micro-empresas». Mas também porque os quatro projectos agora apoiados estão sustentados em “ninhos de empresas”, que são espaços físicos e geograficamente definidos destinados a promover a constituição, desenvolvimento e consolidação de empresas, com a finalidade de permitir a sua posterior integração no mercado com total autonomia. Segundo o director do CACE, a interacção com universidades nestes projectos encontra-se em fase de estudo, pois «os recém-licenciados podem ser uma mais-valia no desenvolvimento destes planos».

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