Os guardenses já podem ir mais longe de autocarro pela cidade. A nova rede de transportes urbanos da Guarda foi apresentada na segunda-feira pela autarquia e pela Rodoviária da Beira Interior (RBI) e contempla um alargamento dos percursos, abrangendo algumas áreas anteriormente “esquecidas”.
Algumas das novidades prendem-se com «alguns serviços que foram surgindo na cidade e que não estavam contemplados pelos transportes urbanos», explica a vereadora Elsa Fernandes. O Centro de Saúde, o Instituto Politécnico da Guarda, toda a zona do Bairro Nª Sra. dos Remédios, piscinas municipais ou o parque industrial são agora abrangidos pela nova rede, em seis linhas distintas. «Vamos ter um fluxo de transportes urbanos muito mais sistemático e legitimado pela necessidade que nos foi exposta por vários intervenientes, mas também pelos horários que passamos a ter de acordo com aquilo que as pessoas nos iam solicitando», explica a responsável. Elsa Fernandes acrescenta que o processo juntou, além da autarquia e da empresa de transportes, as Juntas de Freguesia urbanas e a comissão de utilizadores, «que deram várias sugestões», diz.
Relativamente às paragens – que vão passar a ter os horários dos autocarros, a identificação com o nome de cada uma e as linhas que por lá passam – «são muito poucas aquelas que vão ser alteradas em termos de localização», assegura a vereadora. Os beneficiários do Cartão Social vão também usufruir desta nova rede, através de um desconto de 60 por cento num passe mensal. «Estamos a fazer um serviço público que é desejado e que é legítimo, até porque é importante para nós que as pessoas na Guarda se habituem aos transportes públicos», sublinha Elsa Fernandes. Quanto aos meios propriamente ditos, são autocarros de piso rebaixado para permitir o acesso dos passageiros, equipados com ar condicionado, mais cómodos e menos poluentes.
Para já são dois. «Em Dezembro irá entrar o terceiro, em Janeiro o quarto e até Maio/Junho, mais duas carrinhas», garante o administrador da RBI. António Chrystello d’Oliveira explica que se trata de veículos usados devido ao «baixo volume de negócio na Guarda», mas sublinha o facto de serem «topo de gama», tratando-se de «um modelo que opera nas principais cidades do mundo», afiança. O responsável fala ainda numa «duplicação da oferta», já que um estudo de racionalização de meios – com cerca de 1.500 inquéritos – permitiu «mexer de tal maneira na rede que, com os mesmo meios, vamos oferecer mais partidas e mais chegadas, num alargamento de horários», revelou.
Rafael Mangana
