A nova igreja de Seia, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, deverá ficar concluída até ao final do ano, estando a sua inauguração prevista para a Páscoa de 2008. O templo, orçado em cerca de 1,2 milhões de euros, deverá ser dos maiores do distrito, tendo capacidade para 580 lugares sentados.
Porém, a novidade é que, mais de um ano após as obras terem sido iniciadas, a Comissão da Fábrica da Igreja de Seia já conseguiu pagar metade do custo total dos trabalhos graças aos donativos dos senenses, qualquer coisa como 600 mil euros. A construção da Igreja arrancou em Agosto do ano passado, sendo um sonho antigo dos católicos senenses, tanto que o projecto chegou a estar aprovado em PIDDAC no ano 2000, com uma comparticipação de cerca de 300 mil euros. Contudo, segundo conta Paula Teixeira, «na altura não foi possível dar início à construção», pelo que a verba foi suspensa. No entanto, a Comissão decidiu avançar com o projecto, deixando para «mais tarde» a ideia de um complexo mais vasto com salões e uma residência paroquial. Entretanto, para conseguir pagar os restantes 600 mil euros ao empreiteiro, a Comissão da Fábrica da Igreja, em conjunto com a Câmara de Seia, está a tentar desbloquear a verba atribuída em PIDDAC em 2000.
«Caso não consigamos esse desbloqueio, tentaremos candidatar o projecto a outros programas para obter uma comparticipação do Governo. Ou até candidatá-lo de novo a PIDDAC», adianta a engenheira ligada à Comissão Fabriqueira, que só admite a contracção de um empréstimo bancário como «último recurso». Até lá, está a decorrer mais um peditório pela cidade, por forma a angariar mais «fundos para o que ainda falta pagar», adianta. Nesse sentido, Paula Teixeira sublinha ainda a generosidade dos senenses, que «mensalmente» têm doado cerca de cinco mil euros para a igreja. O projecto do novo templo de oração, dedicado a Nossa Senhora do Rosário, já tem cerca de 18 anos, quando a Câmara de Seia ofereceu à Comissão Fabriqueira um terreno para ali ser construído um complexo de cariz social, que englobaria a igreja e um centro cultural e recreativo. O edifício é formado por quatro blocos que comportam uma nave principal, zona de serviços, capela mortuária, que será subterrânea, e torre sineira.
A nave principal terá capacidade para cerca de 580 pessoas sentadas, incluindo também o espaço para pais com crianças, instalações sanitárias, sacristia, nartex e, no topo direito, a capela diária com capacidade para cerca de 50 pessoas sentadas. Na zona de serviços ficará instalado o arquivo, cartório, sala de espera, sacristia, sala para arranjo de flores, arrumos, sala de reuniões e zona de circulação. Já a capela mortuária será dotada de antecâmara, sacristia, bar e instalações sanitárias, enquanto a torre fará a ligação entre este espaço e a igreja.
Tânia Santos