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Nova “chuva” de golos em Manteigas

Equipa de Tó Real empatou a três bolas com o Sabugal num jogo emocionante e polémico

Depois de na semana passada ter vencido o Trancoso por 4-2, o Manteigas empatou a três bolas na recepção ao Sporting do Sabugal, que viajou até à Serra da Estrela como um dos líderes da prova. Num jogo emotivo, com constantes trocas no marcador, a turma serrana acabou por ser bafejada pela sorte ao estabelecer o resultado final já depois de esgotados os cinco minutos de compensação dados por Daniel Soares, o que motivou muitos protestos por parte dos homens da raia.

Numa primeira parte algo equilibrada, registaram-se várias oportunidades para as duas equipas. A primeira surgiu à passagem do minuto 12, quando Batista, em excelente posição, rematou muito por cima. Três minutos depois, o Sabugal esteve outra vez perto de marcar, mas a bola, desviada por Nuno, passou rente ao poste direito. Pelo lado do Manteigas, Nuno Serra voltou a ser dos mais inconformados, rematando à baliza sempre que lhe davam espaço, como sucedeu aos 17’, 29’ e 33’, com Fredi a opor-se bem. Aos 34’, o Manteigas desperdiçou soberana ocasião para inaugurar o marcador, já que Edgar, Picas e Marcelo não conseguiram encontrar o caminho da baliza na sequência de um pontapé de canto. Até que, aos 43’, o Sabugal abriu o activo, por intermédio do jovem Ricardito, na transformação de uma grande penalidade, depois de ter sido agarrado por Sérgio Nogueira. Num lance aparentemente inofensivo, o guardião serrano largou a bola, depois de a encaixar, vendo-se obrigado a recorrer à falta para evitar o golo do habilidoso extremo do Sabugal.

A perder por uma bola a zero, o Manteigas começou da melhor forma o segundo tempo ao restabelecer a igualdade, logo aos 45’, com João Biló a aproveitar bem uma série de ressaltos à entrada da área para rematar fora do alcance de Fredi. Empolgados pelo golo, os comandados de Tó Real partiram à procura do tento da vantagem, mas foi o adversário quem voltou a marcar. Aos 62’, Telmo, após um livre apontado por Tó Zé à entrada do meio-campo, subiu mais alto que toda a defensiva do Manteigas, incluindo Sérgio Nogueira que ficou “a meio caminho”, e concretizou. A formação serrana apostou então ainda mais no ataque, vindo a alcançar os seus intentos aos 85’, num livre directo apontado de forma irrepreensível por João Biló (o seu segundo golo na partida). Contudo, apenas dois minutos depois, o recém-entrado Manata voltou a colocar o Sabugal na frente do marcador com um cruzamento/remate efectuado na linha de fundo do lado esquerdo, com a bola a sobrevoar Nogueira, apanhado desprevenido. E quando já poucos acreditavam em nova mudança no marcador, o Manteigas estabeleceu o 3-3 final aos 97’, com Mário Carvalho, em posição duvidosa, a tocar para a baliza depois de uma boa incursão de Nuno Serra pelo lado esquerdo. Este golo motivou muitos protestos dos sabugalenses, pois, sem motivos que o justificassem, o árbitro Daniel Soares prolongou por mais dois minutos os cinco de compensação.

No final da partida, Tó Real considerou o empate «um mal menor», desvalorizando os erros do seu guarda-redes, já que «todos erramos, mas ganhámos uma equipa com um grande espírito de entreajuda», sublinhou. Por seu turno, Asdrúbal não poupou o trabalho da equipa de arbitragem: «Assistimos aqui aos tempos negros do futebol distrital, com um “festival” do árbitro que empurrou, desde o início, a minha equipa para trás. Por todas as situações que se passaram fomos altamente prejudicados e só a ele se deve este empate», criticou, não deixando de elogiar a exibição dos seus jogadores.

Ricardo Cordeiro

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