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Notas de Rodapé

1. Finalmente chegou ate nós o tão aguardado regresso da menina Coppola, Lost in Translation. Do filme não vou falar porque ainda não lhe pus os olhos em cima, deixo isso para a pena avalizada do meu amigo Hugo Sousa. Irei debruçar-me sobre a banda sonora que ainda teima em rodar no meu leitor de CD desde a época natalícia, sabendo contudo que corro o risco de dissociar o que foi concebido com um claro efeito de complementaridade, som e imagem. Apesar desta leitura amputada arrisco dizer que o disco sobrevive como objecto autónomo e se assume de forma qualitativamente homogénea apesar da participação de vários intérpretes (Air, My Bloody Valentine, Death in Vega, etc.). Mas a grande virtude sonora de Lost in Translation é ter a proeza de se revelar como elemento que opera um quase milagre, que é o de ressuscitar para os originais esse moribundo que da pelo nome de Kevin Shields. Só por City Girl já valeu a pena este filme ter existido.

2. A banda hardrock portuguesa Faithfull que lançou no mês passado o seu disco de estreia entrou directamente para o 11º lugar do top Japonês. Um resultado de por os olhos em bico. Certamente que será mais rentável permanecer por essa posição no Japão que por um período alargado de tempo no topo da contagem em Portugal!

3. Isto da dimensão dos mercados tem muito que se lhe diga. Os Limp Bizkit estão em maus lençóis com a sua actual editora (Interscope) é que a venda do seu último disco Results May Vary “só vendeu” um milhão e tal de discos, valor muito abaixo das expectativas comerciais iniciais. Moral da estória; nem sempre um milhão é um milhão.

Por: Bruno Reis

reysbr@yahoo.com.br

http://girariscos.blogspot.com/

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