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Níveis de ozono acima do razoável no Centro Interior

CCDRC recomenda actividade mínima ao ar livre a cerca de 500 mil habitantes afectados dos distritos de Castelo Branco, Guarda e parte de Viseu

Os níveis de concentração de ozono estiveram, no início desta semana, acima do limite razoável nos distritos de Castelo Branco, Guarda e parte de Viseu onde se registaram temperaturas altas e vários incêndios de grandes proporções nos últimos dias. O alerta foi dado no domingo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) com base num registo recolhido na estação de medição de Salgueiro, no concelho do Fundão.

De acordo com os dados fornecidos, detectou-se uma concentração média de ozono de 237 microgramas por metro cúbico de ar. Um valor preocupante se tivermos em conta que o limite tido como tolerável queda-se pelos 180 microgramas. A partir daí, os especialistas consideram o ar perigoso, segundo o Decreto-Lei nº320/2003, de 20 de Dezembro, sobre a poluição atmosférica pelo ozono. Em comunicado, a CCDRC alerta que a exposição ao ar e ao sol nas horas de maior calor, entre as 11 e as 16 horas, é perigosa em 48 municípios do Centro Interior, uma vez que os níveis registados «podem provocar danos na saúde humana, nomeadamente nos grupos mais sensíveis da população». Isto é, crianças, idosos, asmáticos, alérgicos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas.

Neste mapa encontram-se, entre outros, concelhos como Guarda, Seia, Castelo Branco, Covilhã, Figueiró dos Vinhos, Fundão, Góis, Mangualde, Pampilhosa da Serra, Sabugal, Seia e Viseu, recentemente afectados por grandes fogos florestais. Para evitar problemas, a CCDRC recomenda que os seus habitantes, cerca de meio milhão, reduzam ao mínimo a actividade física ao ar livre por estes dias e evitem outros factores de risco, como fumar ou contactar com produtos irritantes, caso da gasolina, tintas e vernizes. «A exposição a este poluente afecta, essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações oculares», acrescenta uma nota subscrita pelo vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Artur Rosa Pires.

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