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Nettop: all in one

NOVAS TECNOLOGIAS NOVAS

No reino multimédia apareceu primeiro o vídeo cassete, que trouxe consigo o sossego dos lares na medida em que fazia as delícias dos mais pequenos, apaziguava a euforia dos jovens e os mais velhos tinham encontrado a companhia perfeita. Gravavam-se os melhores filmes da TV, as mais célebres competições desportivas e a Rua Sésamo, que eram vistos e revistos nas horas mortas e marcaram a libertação dos pais do terrível síndroma pós-infantário. Ainda hoje vemos nas nossas salas fileiras de cassetes religiosamente alinhadas onde, dantes, pairavam as mais belas lombadas dos nossos clássicos e das enciclopédias que nunca chegámos a abrir.

Depois veio o leitor de CDs. Não havia prédio que não debitasse, desta ou daquela janela, centenas de decibéis exibindo os últimos álbuns das músicas pop. A alegria do lar alargara-se agora a todo o prédio e a parte do bairro. A seguir reinaram os DVDs, os mais e os menos, os que liam divx, vcd, mp3, 4 … e assim sucessivamente. A mesinha de centro passou a expositor de comandos: eles são de todas as cores, de curiosos formatos, com funções que nunca alguém chegará a experimentar. Sucederam-se os gravadores de DVDs, os combo, dual layer, as Consolas de Jogos e eis que, enquanto se afirmava agora a era dos Blue Ray, nos é proposta a solução quase perfeita mas que obriga à demolição da magistral pirâmide lá da sala: são os Nettop. São uma pequena proposta mas parecem ser uma grande promessa: longe dos milhares de euros que gastamos até aqui, temos agora uma espécie de computador de sala que cumpre eficazmente todas as tarefas anteriores, serve para ver conteúdos multimédia, gravar, jogar, navegar e trabalhar.

por Aureliano Valente*

*professor

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