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Nerga cria Centro de Apoio à Mulher

Autarquia da Guarda vai criar um espaço de agricultura biológica para todas mulheres imigrantes desempregadas

No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher (dia 8), o Núcleo Empresarial da região da Guarda (Nerga) inaugurou o Centro de Apoio à Mulher. O projecto chama-se “Red Pandora” e está inserido numa parceria, que engloba, para além do Nerga, outras entidades, como o Ayuntamiento de Santa Marta de Tormes, a Câmara Municipal da Guarda, o Instituto Politécnico da Guarda e o Ayuntamiento de Galindo y Perahuy. Todas vão desenvolver actividades diferentes, mas com um princípio em comum: a mulher.

«Verifica-se, ainda, vários constrangimentos referentes à discriminação e ao apoio que a nossa sociedade tem prestado à mulher nos diferentes campos», daí o Nerga ter decidido associar-se ao projecto de apoio à mulher, inserido no Interreg, constata Teixeira Diniz, presidente da Associação Empresarial. O Nerga tem a seu cargo a realização de diferentes iniciativas, como a realização de jornadas de divulgação, workshops e uma Feira alusiva a esta temática. Para além de ter disponibilizado um espaço nas suas instalações, para o Centro de Apoio à Mulher. Trata-se de um espaço que pretende promover o empreendedorismo, a qualificação/requalificação da mulher, fomentar a conciliação entre a vida familiar e profissional, e envolver as instituições públicas e privadas, de modo «a estabelecer parcerias para o fomento da inserção da mulher», como explicou Teixeira Diniz. O Centro de Apoio à Mulher disponibilizará um serviço de atendimento jurídico especializado, bem como consultas de apoio psicológico. Funciona todos os dias, durante o horário laboral do Nerga. O Centro vai acompanhar e receber «todas as mulheres que tenham qualquer tipo de problema, desde a nível social, laboral, psicológico, jurídico, ou qualquer outro», assegura o dirigente.

Por outro lado, o Ayuntamiento de Santa Marta de Tormes, que é o chefe de fila do projecto, prevê a construção do Edifício Pandora, a realização de estudos, criação de base de dados, formação, seminários e intercâmbios. Por sua vez, a Câmara da Guarda pretende criar um espaço na Quinta da Maúnça, onde todas as mulheres emigrantes e desempregadas podem receber formação na área da agricultura biológica. Através destes ensinamentos, «aquelas mulheres poderão criar os seus próprios postos de trabalho», familiares ou micro-empresas, «aprendendo a fazer e a comercializar compotas», dá como exemplo Lurdes Saavedra, vereadora da Acção Social da autarquia. Também o Ayuntamiento de Galindo y Perahuy apresenta a construção de um Centro Piloto de Agricultura Ecológica e formação. Quanto ao Instituto Politécnico da Guarda assegura a criação de um Portal, bilíngue, «com informações de emprego e serviços para as mulheres», explica o seu presidente, Jorge Mendes. A Ordem dos Advogados também se associou ao projecto oferecendo a parte de consultoria-jurídica, com consultas grátis às mulheres, entre outros parceiros.

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