Arquivo

Negociações para a venda do Novo Banco terminam sem acordo

Banco de Portugal deverá iniciar contactos com o segundo maior candidato, a Apollo Global Management.

As negociações entre a Anbang e o Banco de Portugal falharam, está a noticiar o “Diário Económico”.

De acordo com o último comunicado do Banco de Portugal, se falhassem as negociações com o Anbang avançariam as negociações com o segundo maior candidato, a Apollo Global Management. De resto, aquele jornal avança que o Banco de Portugal terá já contactado os assessores da Apollo, que são o escritório de advogados da Morais Leitão e a StormHarbour – A Global Financial Services Firm.

As negociações com os chineses falharam, entre outras coisas, por causa do nível de imparidades do Novo Banco, reveladas ontem nos resultados semestrais. A instituição que sucedeu ao BES fechou o primeiro semestres de 2015 com prejuízos de 251,9 milhões de euros.

O fator com maior peso nestes prejuízos foi o nível de provisionamento que ascendeu a 271,6 milhões de euros, dos quais 252,3 milhões para crédito. É o caso da anulação contabilística de juros, provenientes essencialmente de grandes operações feitas antes da Resolução, no valor de 103 milhões de euros antes de impostos, que afetou a margem financeira e por essa via o produto bancário.

A carteira de crédito do Novo Banco inclui diversos contratos antigos com grandes clientes que enfrentam situações de insolvência ou, pelo menos, que não conseguem cumprir as suas responsabilidades perante a banca. Assim, o Novo Banco teve de anular juros (receitas), o que prejudica os resultados e, por outro lado, significa que houve provisões que foram mal calculadas, refere o “Expresso” no seu site.

O banco destaca também o reconhecimento de imparidades para toda a carteira de títulos, em que «assumiu especial relevância a desvalorização da participação na Pharol SGPS e na Oi, no valor de 55,4 milhões de euros».

A Apollo tem uma proposta que inclui uma operação “earn-out”, ou seja a entrada em bolsa futura do Novo Banco, com partilha de mais-valia com o Fundo de Resolução. A validade da proposta da Apollo (bem como a da Fosun) é até ao fim de outubro.

Sobre o autor

Leave a Reply