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NDS

O NDS (Guarda-Gare) vem fazendo uma carreira no Nacional de Iniciados de futebol a todos os títulos notável. Após 9 jornadas, primeiro lugar, com 20 pontos, em igualdade com o Beira-Mar e à frente da Académica (a quem venceu na última jornada por 2-0), do U. Coimbra e do Académico de Viseu, tradicionalmente formações mais fortes, com níveis de rendimento quase inacessíveis para as equipas do distrito da Guarda. Estão pois de parabéns os jovens jogadores e também os treinadores e dirigentes que têm feito, estou certo, das tripas coração para honrar a cidade e a região no difícil confronto com regiões mais favorecidas quer do ponto de vista demográfico quer económico. Sou partidário, pelo menos no que toca aos objectivos, da forma de fazer que o NDS vem evidenciando. Primeiro, colocação de uma equipa no “Nacional”, depois, a consolidação e estabilização do nível competitivo, conseguido, quer pela manutenção no campeonato quer pela criação de condições de renovação do plantel. Não se esqueça que nos escalões jovens a idade de rendimento máximo num escalão é tão-somente de um ano. Há que por isso fazer uma renovação constante. Isso implica muito trabalho, muito planeamento.

Ora, se colocar uma equipa no Nacional de Iniciados ou de Juvenis até é relativamente fácil, basta para tal ganhar o campeonato distrital (o que não é muito difícil se atendermos ao reduzido número de equipas que habitualmente o disputam), manter a equipa num “Nacional”, já é de difícil concretização (raros têm sido os casos de sucesso). O que dizer então de disputar os lugares da frente (no caso dos Iniciados são os lugares que dão acesso à segunda fase – normalmente os dois ou três primeiros de cada série)?

Parece fácil mas na realidade não o é. Este êxito dos Iniciados do NDS parte de uma acção planeada, organizada, que teve por base um trabalho de captação de valores, levado a efeito junto das escolas da cidade, iniciado há três ou quatro anos e que agora começa a revelar os seus frutos. Por trás deste trabalho está uma pessoa – João Prata. Tem sido ele o mentor e o operário do projecto NDS. Sei que alguns lhe criticam a concentração excessiva de funções e de papéis dentro do clube (ao ponto de se dizer que o NDS é o João Prata ou vice-versa) mas também sei que outros tantos, ou mais, lhe apreciam o dinamismo e o pragmatismo com que tem conduzido o clube (pode ter sido um sinal desse reconhecimento a sua eleição para a Junta de Freguesia de S.Miguel). Da minha parte reconheço para já que as acções planeadas têm vindo a dar bons resultados e considero mesmo que atendendo à situação do futebol na Guarda, ver o NDS no escalão de Iniciados, a jogar no relvado do municipal, é capaz de ser a melhor opção para ver um espectáculo de futebol com algum nível. Por mim vou já marcar na agenda.

Por: Fernando Badana

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