Emília Bento, candidata do CDS-PP pelo círculo da Guarda, não foi eleita deputada nas legislativas de domingo mas diz que não se sente «fragilizada» com o resultado.
«Antes pelo contrário, ainda me deu mais gana para continuar e voltar a concorrer nas próximas eleições», garantiu a O INTERIOR ainda durante a noite eleitoral. Sem surpresas, o CDS-PP foi a terceira força política com mais votos no distrito, conquistando 11,24 por cento dos sufrágios, um número ligeiramente mais elevado do em 2009, altura em que o partido conseguiu 11,17 por cento. Apesar disso, a candidata reconhece que «o resultado foi uma desilusão». «Candidatamo-nos com a ambição de sermos eleitos e acabou por haver uma transferência do voto útil para o PSD, que levou a um resultado mais elevado do que o esperado», considerou Emília Bento. A centrista acredita mesmo que ficou a um pequeno passo de ser deputada na Assembleia da República: «Estou convencida de que, por poucos votos, não foi possível a minha eleição», declarou, acrescentando que se tratou de «uma luta democrática» e, por isso, «há que aceitar» a decisão dos portugueses.
Por isso, a sua ação na política não deverá terminar por aqui. Em 2009, concorreu à Câmara de Aguiar da Beira, pelo que reconhece ter sido sempre «ativa politicamente». «Não me sinto desmotivada com o resultado destas legislativas», refere a gerente bancária, adiantando que pretende concorrer novamente noutras eleições. «Apesar de tudo, considero que tivemos um bom resultado», concluiu. Foi no concelho de Aguiar da Beira, de onde é natural, que a candidata obteve a melhor votação, com 17,04 por cento dos votos, seguindo-se Fornos de Algodres (14,02) e a Guarda (13,3). A nível nacional, Emília Bento diz-se satisfeita com o resultado do seu partido: «O CDS conseguiu segurar- se e subiu mesmo 1,5 por cento», contabilizou.
Catarina Pinto
