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Não há duas sem três

Sporting da Covilhã consente mais um empate caseiro e desce para o terceiro lugar

O terceiro empate consecutivo do Sporting da Covilhã é o resultado de uma série de jogos em que os serranos defrontaram equipas do topo (Mafra, Fátima e Abrantes) e não foram além da conquista de três pontos, pecúlio fraco para quem dominou sempre os seus opositores. Com este resultado, o Covilhã é agora terceiro da geral e continua com apenas oito vitórias, tantas quantas as do vizinho Castelo Branco, que está, imagine-se, no 11º lugar.

Foi mais um encontro no Santos Pinto em que o Covilhã não soube “matar” o jogo na altura certa, acabando depois por pagar a factura nos últimos minutos quando a “tremideira” fez a sua habitual aparição. A partida começou com um Covilhã mandão, preparado para ganhar bem cedo. Logo aos 6’ surgiu a primeira oportunidade, por Luizinho, mas o cabeceamento foi salvo pelas mãos de Vítor Bernardes. Mas quatro minutos depois, o guarda-redes do Abrantes foi impotente para evitar o golo dos serranos. A jogada começou no lado esquerdo, com Pimenta a cruzar para o interior da grande área onde Luizinho, bem no meio dos centrais, cabeceou para o fundo das redes. Aos 14’, o avançado teve mais uma boa hipótese para marcar, só que o remate saiu por cima da barra. Foram quinze minutos de grande pressão do Covilhã, mas ficou-se por aqui. O jogo piorou então de qualidade, com muito pontapé para o ar e o vento a prejudicar a acção dos atletas. O Abrantes acabou por equilibrar um pouco a partida, muito por culpa do abrandamento dos locais, mas os visitantes nunca chegaram a incomodar a baliza de Luís Miguel.

A segunda parte mostrou um Covilhã mais retraído, com o Abrantes a jogar a favor do vento e a chegar com mais perigo à área contrária. O primeiro susto surgiu aos 60’, num livre em que Fernando tentou tirar partido do vento para surpreender Luís Miguel, que esteve seguro. Cinco minutos depois, o mesmo vento quase traiu o Covilhã, já que o corte de Banjai foi parar à trave da baliza local. Contudo, o golo do Abrantes aconteceu aos 86’. A jogada começou num corte infeliz de Cláudio ficando a bola à mercê de Bruno Lemos, que, à entrada da área, disparou para o empate, tendo o esférico tocado num defesa serrano e traído Luís Miguel. Fanã fez entrar de imediato o avançado Rui Miguel, mas o “forcing” final não surtiu efeito apesar das várias ocasiões. Piguita esteve por duas vezes perto do golo, mas saltou sempre antes de tempo. A última oportunidade do Covilhã esteve na cabeça de Real, só que o esférico saiu por cima da trave. O resultado penaliza um Covilhã que apostou cedo demais em segurar a vantagem, num jogo muito fraco devido ao vento. No final do encontro, Fanã, técnico do Covilhã, afirmou que não tinha no banco «soluções» para alterar o rumo do encontro.

Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã

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