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Não extinguem o interior de Portugal

Sou um jovem habitante do interior do país e impressiona-me cada vez mais não ver futuro nesta parte de Portugal, nem vontade política dos nossos governantes para contrariar esta desertificação!

Se, num curto prazo de tempo, não existirem mudanças profundas, vamos secar por completo e consequentemente não vamos ter energia para progredir.

As autarquias precisam urgentemente de se mexerem, deixarem de ser descuidadas e fazerem mais pelas populações e não procurar fazer apenas “obras” que trazem votos.

O nosso interior precisa de pessoas com garra, pró-ativas, com vontade de arriscar e de lutar.

É preciso apostar nos jovens e só com a criação de emprego é que estes se fixam, por isso é preciso atrair empresas, facultando-lhes incentivos fiscais convidativos para se instalarem na região e não o contrário, como as recentes portagens nas ex-SCUT’s.

Acredito que o interior pode ser uma alavanca importante para combater esta crise económica que o nosso país passa e para que seja uma realidade é necessária uma política de investimento que veja as populações como uma mais-valia e não o oposto.

Se queremos um interior desenvolvido e apelativo não podemos deixar fechar as escolas, os hospitais, as maternidades, os transportes, bem como vários serviços públicos (correios, tribunais, etc.) essenciais no dia-a-dia dos seus habitantes.

Porque o interior também é Portugal, eu e certamente milhares de jovens desejamos ter a oportunidade de trabalhar e constituir família na nossa região. Penso que é legítimo este meu anseio, por isso deixem de querer extinguir o interior de Portugal!

Marco Loureiro, presidente da Associação Académica da Guarda

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