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«Não deixaremos que nenhum coveiro de hotéis nos promova o funeral»

Administração do Hotel de Turismo da Guarda rejeita acusações do Sindicato de Hotelaria do Centro

A administração do Hotel de Turismo da Guarda disse-se surpreendida com as acusações de alegadas perseguições psicológicas proferidas na semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro. «No que depender de nós e dos trabalhadores do Hotel de Turismo, não deixaremos que nenhum coveiro de hotéis nos promova o funeral com a bandeira do trabalho», assegura o administrador José Nicolau.

Após reunir com «todas as secções» do hotel, o responsável garante que os acontecimentos projectados pelo sindicato «não são da vontade dos trabalhadores, pois estes nunca foram ouvidos para darem o seu acordo ou desacordo», assegura. «O sindicato reuniu com os funcionários, mas tanto quanto sei nada disso foi aprovado na reunião, penso que foi um plenário até bastante pacífico», diz. No entanto, reconhece que entre 30 funcionários haverá sempre alguém «mais satisfeito e outros menos». Na reunião havida com os funcionários, José Nicolau garante que apenas viu uma «pessoa descontente», mas cuja posição terá sido motivada por «alguma alteração organizacional» do hotel com a entrada em funções da nova concessionária. Em relação aos aumentos salariais reivindicados e à ameaça de realização de uma vigília caso a administração do hotel recuse reunir com o sindicato, José Nicolau argumenta com o actual estado económico do país. «Os aumentos de ordenado não se pautam, hoje em dia, por essas formas de actuação, mas sim pelo estado económico das empresas», realça.

Recorde-se que o sindicato garante não haver aumentos desde 1 de Novembro de 2003. Mas a administração riposta e diz que as empresas que estão melhor «aumentam mais, enquanto as outras aumentam menos», referindo que estas acções «só prejudicam» a imagem comercial do hotel guardense. E neste ponto, os responsáveis já não vêem «motivos» para reunir com o sindicato. «Tudo o que tivermos para resolver acontecerá entre nós e os trabalhadores», garante. José Nicolau recorda que a unidade hoteleira se debate há alguns anos com a «necessidade urgente» de obras, mas que, em conjunto com a sociedade proprietária [a Câmara da Guarda], estão empenhados em tornar o hotel «novamente uma unidade de referência de qualidade na Guarda».

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