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Na proximidade da desilusão

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Grande Colisor de Hádrons (LHC – Large Hadron Collider) é uma estrutura de quilómetros que acelera partículas que se pretende que venham a colidir à velocidade da luz. Com isto, milhares de cientistas esperam ver, isolar e, de certo modo, “manusear” o “bóson de Higgins”. Este conceito pretendia explicar como a matéria crescia e formava os planetas e as estrelas a partir de uma explosão minúscula inicial. Estamos no território da discussão da origem do Universo e por essa razão na fronteira entre a fé e os conceitos. Imaginem a infinita curiosidade humana que congregou biliões de euros para a construção de uma máquina que lhe permitisse verificar se a tese do “Big Bang” é verídica. Os cientistas querem autenticar, registar e ser capazes de repetir o nascimento da vida na Terra. Em última análise, estamos na fronteira entre a fé religiosa e a fé científica. Tudo são conceitos e crenças que correm naqueles infindáveis tubos à velocidade da luz. O Mundo científico está suspenso daquela parafernália que após dezenas de anos está de pé e sem avarias. Ali, a “partícula de Deus”/“o bóson de Higgins” poderá ser recriado, explicado e repetido. Este é o ponto alto da experimentação enquanto milhares dos mesmos humanos caminham para Fátima a pé. E se a Virgem Maria surgisse de novo em Fátima? E se não houver nenhum “bóson de Higgins”? Estamos tão próximos e tão distantes. Estamos tão cerca de uma fronteira de crença e de persistência. E se surgir o bóson e a visão de Fátima for repetível experimentalmente? A discussão da existência de Deus só não tem muito sentido porque é matéria de fé. Acredita-se ou não.

Por: Diogo Cabrita

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