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Na Guarda as rampas de acesso ainda são esquecidas

Entretanto a autarquia já rebaixou os passeios da cidade para melhorar as condições das pessoas com deficiência ou problemas de mobilidade

Na Guarda, à semelhança do resto do país, basta olhar à nossa volta e detectam-se múltiplas barreiras arquitectónicas nos equipamentos colectivos e na via pública.

Para o presidente da Junta de Freguesia da Sé, Ernesto Gonçalves, «pouco se tem feito», na Guarda, no sentido de melhorar as condições das pessoas com deficiência ou problemas de mobilidade. Contudo as instalações da Junta de Freguesia, à semelhança de São Vicente, têm o «privilégio» de estarem inseridas no edifício da Câmara Municipal da Guarda, refere Ernesto Gonçalves. Assim sendo, existem «portas de ligação largas e rampas de acesso», que facilitam a vida desses cidadãos, assegura. No entanto, o presidente da Junta de Freguesia da Sé diz ter «conhecimento de uma certa carência» ao nível de outros edifícios públicos, dando como exemplo as recentes casas de banho públicas, no jardim José de Lemos, nas quais «as rampas de acesso foram esquecidas», lamenta. E outros exemplos, na cidade mais alta do país, que vão desde o Tribunal aos estabelecimentos comerciais. Por isso, «devia haver uma sensibilização para o futuro», sublinha Ernesto Gonçalves, acrescentando ainda que «deviam ser criadas condições mais adequadas a essa mobilidade». No entanto, «também são de louvar as poucas iniciativas», que são tomadas nesse sentido, nomeadamente, o rebaixamento dos passeios na cidade realizado pela autarquia guardense, destaca o presidente da Junta de Freguesia da Sé.

Já na freguesia de São Miguel, «a maioria dos edifícios públicos estão apetrechados de rampas de acesso», diz o presidente, João Prata, designadamente, a própria infra-estrutura da Junta, os Correios, a estação de caminhos de ferro, o Jardim de Infância de São Miguel, entre outros. Na sua maioria são edifícios posteriores a 1997, e os que não são sofreram recentemente obras de requalificação, como é o caso da estação de comboios. Por isso existem outros edifícios, anteriores a essa data, que ainda não dispõe desse equipamento, «como as escolas primárias da freguesia», lamenta João Prata, acrescentando ainda outros entraves, como «os passeios apertados e esburacados». Porém são obstáculos que podem ser ultrapassados, desde que se faça «alguma sensibilização» nesse sentido, defende o presidente da Junta de Freguesia de São Miguel.

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