Luís Sequeira, 23 anos, músico em Vancouver, com B. Riddim como nome artístico
B.Riddim foi o autor da banda sonora do Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, tendo também atuado no Café Concerto do TMG no passado dia 4 de fevereiro.
Porquê B.Riddim?
“B.Riddim” surge de todo o passado que me caracteriza! “B.” de Bellatur, conectado com G-Ward, toda essa linha de hip-hop que me marca. “Riddim” de ritmo, mais concretamente, “rhythm” que em Jamaicano surge muito como “riddim”. Ritmo, melodia, é algo que faço com o mais puro prazer…
Como podes caracterizar a música que fazes?
Pura, sincera, tranquila… Por mais conotações que tenha com diversos estilos, é música…
E que influências tens?
De toda uma vida!!! Daquilo que absorvo diário! Tenho influências dos meus pais, amigos, dos sítios por onde passo, que frequento! Influencio-me também pelo que sou! Todo esse conjunto forma o que apresento…
Alguns dizem que esta música “programada” não é bem música…
Se o dizem é porque não sabem… Ou se sabem, sabem mal! A música mais que nunca atinge um grau imenso de uma extrema liberdade quer seja de movimentos quer seja de ritmos! Mais que nunca o minimalista é obra e o som mais estranho que se tire de algo é o som que marca! Mais que nunca a música é feita não só a partir de instrumentos reais mas também de hardware, de software, de “gadjets” para passar tempo, de fruta, vegetais, de latas, do que seja… Mais que nunca a música não é “programada” porque não pode ser “programada”! A música é a pureza, é a improvisação, é a incerteza, é a quebra…
Como foi o teu concerto na Guarda no Café Concerto?
Tranquilo! Foi um reviver de emoções, mas só minhas! Parece que se junta o útil ao agradável…
Descreve o teu trajeto musical e de vida nos últimos anos.
A minha vida, como a de todos, “começa pelo início”! Assim sendo, é desde o início que se começa e a música está em mim desde sempre! Aquilo que pode evidenciar os meus últimos anos é apenas a total crença da minha parte no meu próprio valor! Saí para Madrid, ali estive 2 anos onde desenvolvi aquilo que realmente esperava, Quase um ano em Vancouver abriu-me portas, mês e meio na Cidade do México trouxe-me alegrias em estúdio e projeções. Agora de novo pela Europa é para mostrar o que realmente cá anda…
Pensas ser famoso? Ou já és?
Já o sou! No meu quarto! Para mim próprio sou famoso! Sou eu… Para os outros não me interessa, quero apenas o meu espaço e ser valorizado por aquilo que sou e faço diariamente!
Porquê Vancouver?
Por muita coisa e ao mesmo tempo por tão poucas! Por motivos pessoais e por pura ambição e descoberta de novos horizontes! E a paisagem era ótima!!! Diferente de Madrid, diferente da Guarda, diferente de tudo…
Porque tudo é diferente, daí também um motivo, querer variar, mais diferente… Amsterdão é que me esperava faz muito…e agora é “B.Astardam” Riddim…
