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Museu de Tecelagem dos Meios já pode ser visitado

Espaço museológico abriu no domingo e foi considerado «um símbolo» pelo vice-presidente da Câmara da Guarda

O Museu de Tecelagem nos Meios abriu as portas no passado domingo e muitos foram aqueles que não quiseram deixar de visitar pela primeira vez o “orgulho da terra”, como muitos populares faziam questão de mencionar. Apesar do espaço já reunir todas as condições para abrir há quase três meses, as entidades promotoras do museu acharam que seria mais oportuno “cortar a fita” durante a Festa da Transumância, que se realizou na freguesia de Fernão Joanes que tal como Meios também tem fortes tradições pastorícias.

Este espaço é agora considerado por Vergílio Bento, vice-presidente do município da Guarda, «um símbolo» que resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal da Guarda e o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) e que contou com o financiamento da Próraia. O museu que outrora foi uma antiga fábrica de tecelagem representa um investimento de 200.000 euros e é agora o «orgulho da freguesia dos Meios, pois representa hoje a identidade daquilo que fomos em termos de tecelagem», afirmou Luís Costa, presidente da Junta local. O espaço museológico é agora uma mais valia e um ponto de referência, já que é o primeiro museu de tecelagem que existe no distrito da Guarda. Possui uma área de recepção para os visitantes, uma zona comercial onde estão à venda artigos locais, que ainda não são confeccionados no local mas que dentro em breve se espera que comecem a ser, e uma zona de produção onde estão colocados cinco teares, quatro para produzir os tradicionais cobertores de papa e um destinado a mantas de retalhos, tendo sido todos doados pelos habitantes. Luís Costa pretende que «para além de um museu vivo», aquele espaço seja também «uma oficina», onde irão estar permanentemente artesãos a produzir de modo a que os visitantes conheçam um pouco mais da história e «vejam aquilo que se fazia e era tradição na freguesia».

Com a abertura do museu prevê-se a criação de dois postos de trabalho. No entanto, está previsto um curso de formação para 15 pessoas, com uma bolsa de formação, e prevê-se que se o museu for «auto-suficiente para lhes pagar, poderão ficar cá a trabalhar», refere o presidente da junta. O vice-presidente da autarquia da Guarda espera ainda que este projecto seja «um espaço de esperança» e possa ainda ser «uma fonte de identidade cultural, trabalho e rentabilidade económica» para a população daquela localidade. Aqueles que desejarem já podem agora visitar o Museu de Tecelagem dos Meios, das 9 horas às 17h30, e assim aprender as antigas tradições da tecelagem.

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