Abriu anteontem o Centro de Interpretação dos Lanifícios no núcleo da Real Fábrica Veiga, no Museu de Lanifícios da UBI.
Este espaço tem como missão clarificar os passos dados com a indústria dos lanifícios na Serra da Estrela e, particularmente, na Covilhã. Lá estão, por exemplo, duas ovelhas de raça Mondegueira para que os visitantes possam conhecer de perto a origem da matéria-prima. O centro identifica ainda as ruturas e as continuidades, bem como as transformações motivadas na indústria e até no ordenamento espacial de própria cidade, cujo tecido urbano se desenvolveu entre as ribeiras da Goldra e Carpinteira. A par desta inauguração, foi lançada a obra “Rota da lã – TRANSLANA, percursos e marcas de um território: Beira Interior (Portugal), Comarca Tajo-Salor-Almonte (Espanha)”, editada pelo Museu de Lanifícios da UBI.
A instituição integra já os núcleos da Real Fábrica de Panos – focalizado no período da pré e proto industrialização dos lanifícios (séc. XVIII) – e o Núcleo das Râmolas de Sol – ao ar livre constituído por um conjunto de râmolas de sol e um estendedouro de lãs. Criado com a finalidade de salvaguardar a área das tinturarias da Real Fábrica dos Panos, uma manufatura de estado fundada pelo Marquês de Pombal em 1764, o Museu de Lanifícios dedica-se à salvaguarda e conservação do património industrial têxtil, assim como à investigação e divulgação da tecnologia associadas ao processo de industrialização dos lanifícios.