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Municípios podem poupar 200 mil euros por ano em iluminação pública

Autarquias podem economizar também 542 mil euros em energia nos edifícios municipais, segundo o Plano de Optimização Energética desenvolvido pela EnerArea

Os concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal e Trancoso poderão poupar 200 mil euros em iluminação pública e cerca de 542 mil euros anualmente na energia gasta nos edifícios municipais.

Os valores são apontados no Plano Transfronteiriço de Optimização Energética (PTOE) desenvolvido pela EnerArea – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior no âmbito de uma candidatura ao Interreg III. O estudo vai agora ser alargado a Belmonte, Guarda, Fornos de Algodres, Fundão e Penamacor e contará com um financiamento de 240 mil euros. Nos oito concelhos já estudados, a EnerArea – da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) -, sugere, entre outras medidas, a instalação de relógios astronómicos, de reguladores de fluxo luminoso, a substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio ou a instalação de estabilizadores de tensão para reduzir os consumos de energia eléctrica na rede de iluminação pública. Medidas que permitiriam a redução anual de cerca de 2.226 Mwh, ou seja, uma poupança de 28 por cento na factura energética dos municípios. Por exemplo, caso estas medidas fossem aplicadas em Pinhel, a autarquia diminuiria a sua factura em 33 mil euros. Já o investimento a despender seria aproximadamente de 86 mil euros.

Em Celorico da Beira, a poupança seria de 26 mil euros. Mas para isso, o município teria que investir 70 mil euros. Quanto à racionalização da energia nos edifícios municipais, este plano de optimização aponta, entre outras medidas, para a implementação de um sistema centralizado de gestão da manutenção, para a substituição de lâmpadas mais eficientes e para o recurso a energias renováveis, nomeadamente solar fotovoltaica, caldeiras de biomassa e solar térmica. Propostas que implicarão um investimento de 542 mil euros em equipamentos, mas que baixarão substancialmente o consumo energético. Na impossibilidade das autarquias investirem em equipamentos, a EnerArea sugere a adequação do tarifário às reais necessidades de cada município e a eliminação de contratos em desuso. A ideia é conseguir uma poupança anual de 40 mil euros. No entanto, apesar das vantagens económicas, apenas Celorico da Beira está a implementar algumas destas medidas, nomeadamente a criação de um «gestor energético municipal», adianta Carlos Santos, director-geral da EnerArea, a quem caberá aplicar as medidas de gestão energética eficientes. De resto, estas propostas da EnerArea também contribuem para a redução de emissões de gases poluentes, nomeadamente do dióxido de carbono (CO2). O que, no caso da rede de iluminação pública, corresponde a uma diminuição anual de 2.749 toneladas de CO2 e 6.175 quilos nos edifícios municipais.

Liliana Correia

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