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Mundial de Parapente mais perto de Manteigas

Open da Serra da Estrela deixa observador da Paragliding World Cup Association com «óptima impressão»

O Open da Serra da Estrela em Parapente, que durante quatros dias conferiu um colorido diferente aos céus do Vale do Zêzere, foi um sucesso, de acordo com a organização do evento. O observador da PWCA – Paragliding World Cup Association terá ficado bastante agradado com as condições proporcionadas em Manteigas e tudo leva a crer que o local venha mesmo a ser o palco de uma etapa da Taça do Mundo da modalidade em 2005.

Assim acredita Vítor Baía, director da prova e da Escola de Parapente da Serra da Estrela, que faz um balanço «muito positivo» deste primeiro Open por ter provado «inequivocamente» que a zona do Vale do Zêzere é «fantástica para a competição». Nem mesmo as más condições atmosféricas que se fizeram sentir durante a prova impediram a realização de uma manga por dia, um feito inédito em Portugal. «Penso que isso era impossível em qualquer outra zona do país com as condições que havia», sublinha. Este foi, aliás, um dos factores que contribuiu para que o dinamarquês Mads Syndecaard, observador da PWCA, que também não desperdiçou a oportunidade para competir, tenha ficado com uma «óptima impressão» da prova serrana. «Gostou muito do sítio, da organização e da estrutura do Skiparque», assevera o seleccionador nacional de Parapente que, após uma conversa com aquele responsável internacional, ficou «ainda mais optimista» quanto à realização do Mundial na Serra da Estrela no próximo ano. «Pelo menos estou descansado e de consciência tranquila sobre todas as potencialidades desta zona e seria uma tremenda injustiça não recebermos o Mundial», frisa. A confirmação dessa prova internacional em Manteigas só deverá chegar no início de Novembro, por ocasião da última etapa da temporada do parapente no México.

Mas o Open da Serra da Estrela só veio comprovar que a organização serrana está no bom caminho. As melhores expectativas apontam para que o Vale do Zêzere receba, na última semana de Julho e nas duas primeiras de Agosto de 2005, um evento de grande envergadura, sendo esperados os melhores 150 pilotos mundiais e cerca de 3.500 pessoas, entre “staff” técnico, acompanhantes e visitantes. Quanto à competição do último fim-de-semana, o pódio foi ocupado por José Diogo Pires, o mais regular ao longo das quatro mangas, seguido do francês David Chaumet e de Eduardo Lagoa. Na quinta-feira, apesar da dificuldade imposta pelo tempo, 14 pilotos conseguiram alcançar distâncias razoáveis, havendo dois no golo quase empatados, com Nuno Virgílio a levar a melhor no final. No dia seguinte, uma dezena de pilotos chegou ao golo, tendo vencido o brasileiro Rodrigo Costa. Já no sábado foram nove os pilotos que chegaram ao golo, localizado em Monsanto a 49,7 quilómetros, com o gaulês David Chaumet a chegar à frente. Finalmente, no domingo, dia em que 21 pilotos alcançaram o golo, o vencedor foi o dinamarquês Mads Syndecaard. O open, contou com a participação de 45 pilotos na classe A e 17 em lazer, mais 18 acompanhantes, e foi pontuável para o calendário nacional e para o “ranking” internacional de parapente.

Ricardo Cordeiro

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