Benfica e Castelo Branco e Sporting da Covilhã mostraram tão pouco no passado domingo que mereciam ter saído de campo sem pontos, já que o espectáculo foi muito mau, especialmente na primeira parte. Se alguém esperava um “derby” à antiga, com emoção e muita luta, deve ter saído do estádio com a sensação de ter mal empregue o seu tempo.
Ambas as formações podem queixar-se do intenso calor, mas essa condicionante também não explica tudo num encontro onde as ideias foram poucas e a velocidade foi de cruzeiro. A primeira parte então foi de pasmar, com paragens de jogo tão constantes que a bola não rolava no terreno mais do que um minuto. Houve apenas dois lances de registo, um para cada lado. Aos 19’, Valdo cabeceou por cima após livre de Filipe Avelar. Três minutos depois, o Covilhã respondeu num lance em que Oliveira desviou um remate de Káká, mas a bola não seguiu o caminho das redes do Benfica. Tudo o resto foi um deserto de ideias, velocidade e lances de perigo.
A segunda parte prometeu logo no início, com Oliveira a ganhar espaço e a rematar fortíssimo, mas a bola saiu ao lado do poste direito. Contudo, as promessas ficaram por aí e a bola voltou a ser muito maltratada. Apesar disso, o Benfica albicastrense abriu o activo num lance de muito azar para o Covilhã. Piguita escorregou e Monteiro aproveitou para rematar para defesa incompleta de Luís Miguel, uma oportunidade concretizada por Vasco. Parecia ser daquelas partidas onde quem marca primeiro acaba por ser o vencedor final, mas Sérgio Rebordão foi expulso num lance em que o árbitro exagerou e o Covilhã ganhou mais forças para procurar o empate. Piguita teve a primeira oportunidade, mas a bola saiu às malhas laterais. A cinco minutos do fim surgiu então o golo da igualdade, com Banjai, à segunda, a bater o guardião da casa. Ainda restava algum tempo, mas o Covilhã não conseguiu criar mais nenhum lance de perigo, apesar do domínio territorial. Virgílio, adjunto de Fernando Pires, sublinhou a «excelente atitude» dos jogadores do Covilhã nesta partida e considerou o resultado uma «tremenda injustiça».
Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã
