O Movimento “Malcata Pro-Futuro” lançou uma campanha de recolha de fundos para custear as despesas da ação judicial que intentou contra o Estado por causa do projeto de ampliação do parque eólico “Penamacor 3B”.
A decisão foi transmitida à população na última reunião pública do movimento popular, realizada na semana passada na aldeia do concelho do Sabugal, durante a qual o “Malcata Pro-Futuro” foi mandatado, «perante a ausência de iniciativas da presidência da Câmara», para recorrer aos tribunais com o objetivo de impedir o empreendimento. Os promotores apelam ao contributo de residentes e não residentes, mas também de quem quer, «de uma maneira ativa e objetiva, pugnar por um desenvolvimento sustentável para o concelho do Sabugal». Mais informações através do email malcataprofuturo@gmail.com. «Todos os valores recebidos serão registados e haverá, naturalmente, prestação de contas», assegura a direção do movimento, a cargo de Gilberto Pires, José Lucas ou Amílcar Fernandes.
Em dezembro último, o Movimento “Malcata Pro-Futuro” apresentou uma queixa à Comissão Europeia contra o Estado português pela ausência de resposta das autoridades oficiais e anunciou recentemente que vai avançar com uma ação popular administrativa para tentar travar a ampliação do parque eólico. Os populares contestam a localização dos pontos de medição do ruído e «fragilidades» da DIA (Declaração de Impacto Ambiental) emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Atualmente com 19 aerogeradores, o projeto implica a construção de mais seis torres nas freguesias de Malcata (Sabugal) e Meimão (Penamacor).