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Movimento Cívico reaparece com debate sobre acessibilidades

Presença de técnicos está assegurada «para ajudar» enquanto políticos de todos os quadrantes partidários vão «informar e ouvir»

Após um longo período de silêncio, o Movimento Cívico do Distrito da Guarda decidiu reaparecer, desta vez para lutar por melhores acessibilidades quer rodoviárias, ferroviárias ou outras. Nesse sentido, o movimento vai promover um debate público no próximo dia 28, pelas 21h30, no auditório do Instituto Politécnico da Guarda, na Rua Soeiro Viegas. A iniciativa conta com a participação de Arménio Matias, presidente da Associação para o Desenvolvimento dos Transportes Ferroviários (ADFER), de António Martins, director da Direcção de Estradas do Distrito da Guarda, e ainda dos deputados eleitos pela Guarda à Assembleia da República.

Após uma reflexão de meses em que ouviram técnicos e políticos, o Movimento Cívico pretende reaparecer, apesar de «não ser fácil», adianta José Manuel Mota da Romana, porta-voz do grupo. No entanto, o professor recorda o trabalho já realizado, nomeadamente, o debate organizado sobre o Hospital Sousa Martins e os abaixo-assinados entretanto formalizados. Como o movimento é feito de renovação, existem novos elementos e outros que saíram. Nos primeiros momentos de «impulso e fervor» do Movimento Cívico, os seus responsáveis sentiram «algumas dificuldades» e desde então não têm sido «consequentes», explica Mota da Romana, para quem este reaparecimento surge porque o desenvolvimento do distrito só poderá ser alcançado «com uma opinião activa e participante de todos os cidadãos», refere, acrescentando que «há muitos problemas adiados por resolver no distrito». Para o Movimento, a cidade, dada a sua localização estratégica, «tem todas as condições para ser servida pelo projecto ferroviário de alta velocidade, que é imprescindível para o desenvolvimento do interior».

Defende, por isso, que a região da Guarda deve ter «uma estação central que faça a ligação do TGV com a linha da Beira Alta, com a A25 e a A23» e que permitirá o apoio à plataforma logística. Sem esquecer o esclarecimento de todas as «indefinições que se mantêm há muitos anos» quanto à linha da Beira Baixa. Na rodovia, o problema relaciona-se com as portagens na futura A25. «Somos contra as portagens», garante desde logo o porta-voz, pois o interior será penalizado. Quanto às implicações para o distrito, elas seriam «nefastas e mais que muitas», para além de não existirem vias alternativas em condições. Mas o Movimento Cívico tem outras interrogações e quer saber como está o IP2 a Norte da Guarda e «onde está a estrada verde que deveria ligar a cidade ao Maciço Central da Serra da Estrela», entre outras. Para esclarecer estas dúvidas estarão presentes no debate técnicos «para ajudar» e políticos de cada cor partidária «para informar e ouvir». E para alargar o debate, o Movimento dispõe de um site, ao qual se pode aceder em www.movimentocivicodaguarda.org.

Patrícia Correia

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