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Morreu um dos maiores poetas portugueses

Além de poeta, romancista e ensaísta, Cesariny dedicou-se também às artes plásticas, sobretudo à pintura

Mário Cesariny de Vasconcelos morreu no domingo de madrugada em Lisboa, aos 83 anos. Além de poeta, romancista e ensaísta, Cesariny dedicou-se também às artes plásticas, sobretudo à pintura. Foi o principal representante do Surrealismo português, um homem irónico e controverso que dispensava aplausos e homenagens. Nascido em Lisboa a 9 de Agosto de 1923, de pai beirão, negociante de jóias, e mãe castelhana, professora de francês, resolveu, a partir de certa altura, prescindir do apelido paterno e ultimamente gostava de acrescentar a Cesarin y o Rossi dos seus antepassados. Durante o período em que viveu em Paris, em 1947, frequentou a Academia de La Grande Chaumière. Na capital francesa, conheceu o fundador do movimento surrealista francês André Breton, cuja influência o levou a integrar no mesmo ano, embora à distância, o Grupo Surrealista de Lisboa, formado por António Pedro, José-Augusto França, Cândido Costa Pinto, Marcelino Vespeira, João Moniz Pereira e Alexandre O’N eill. Da sua obra literária, fazem parte títulos como “Corpo Visível” (1950), “Manual de Prestidigitação” (1956), “Pena Capital”, “Primavera Autónoma das Estradas” (1980), e “Titânia” (1994), entre muitos outros.

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