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Modernização das linhas da Beira Baixa e Beira Alta atrasada

Ferrovia

O Plano de Investimentos em Infraestruturas Ferrovia 2020, apresentado em fevereiro de 2016 pelo ministro Pedro Marques, está praticamente parado.

O plano anunciava um investimento de 2,7 mil milhões na ferrovia e obras em 1.193 quilómetros de linhas férreas, incluindo a modernização de corredores já existentes, nomeadamente do último troço da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda e da Linha da Beira Alta. Segundo o “Público” da última segunda-feira, numa altura em que já deveriam estar a ser cumpridas obras em 528 quilómetros da linha, só estão a ser intervencionados 79 quilómetros. O diário noticiou que, de acordo com o cronograma da própria Infraestruturas de Portugal (IP), este ano já deveriam ter saído do papel 10 projetos. Mas só dois estão em curso. No caso da ligação Covilhã-Guarda, a conclusão da obra está agora prevista para março de 2019 quando, no Ferrovia 2020, a data apontava para o final de 2018.

De acordo com o “Público”, mais grave será a situação da empreitada na Linha da Beira Alta. O jornal recorda que em julho de 2016, na Covilhã, o ministro Pedro Marques referiu-se aos trabalhos no Corredor Internacional Norte, como «um grande investimento», na ordem dos 691 milhões de euros, e «uma grande prioridade» para o país e para a Europa. Contudo, dois anos depois está praticamente parado: há 251 quilómetros onde os trabalhos já deveriam estar a decorrer mas ainda não há qualquer adjudicação assinada. A justificação dada ao diário por fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas é que, «à semelhança do que ocorre na globalidade dos projetos do Ferrovia 2020, este, ao contrário do que seria expectável, não tinha os respetivos estudos desenvolvidos, nomeadamente ao nível técnico e ambiental».

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