Os zunzuns sobre a má situação financeira da Santa Casa ouvem-se há muito tempo, mas só no mês passado chegou a confirmação oficial: uma auditoria revela que a instituição está em “falência técnica”. Para equilibrar as contas, teve de se desfazer de imóveis, património, serviços e até mesmo funcionários. A situação poderia ter sido evitada através de uma boa gestão das finanças, que é desde logo uma obrigação dos órgãos que compõem a Misericórdia de Belmonte. O futuro é incerto, apesar do provedor João Gaspar afirmar que o «reequilíbrio já está feito» e que a creche e o lar não correm o risco de fechar. A verdade é que a auditoria revelou um endividamento bancário que ascende aos 1,6 milhões de euros e detectou vários investimentos que não têm retorno, o que coloca o futuro da instituição envolto em incertezas.
