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Miranda do Douro contra as vacas do Jarmelo

Celeuma que já deu origem a processos em tribunal deve-se à origem da raça jarmelista

A Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa contesta o reconhecimento da vaca jarmelista como raça autóctone e acusa a Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda (AGRIGuarda) de ter registado três mirandesas como sendo do Jarmelo.

O reconhecimento já motivou dois processos, um no Tribunal Administrativo de Mirandela, e um processo-crime no Tribunal de Miranda do Douro, por falsificação de identidade, por parte da associação transmontana contra a Direcção-Geral de Veterinária (DGV). Aquele organismo considera que a jarmelista não é uma raça autóctone, mas «uma derivação da mirandesa dadas as semelhanças». No entanto, a associação da Guarda assegura que não só existem diferenças, como foram reconhecidas num estudo científico mandado realizar pela DGV e que compara as raças jarmelistas, a algarvia, a arouquesa e a mirandesa.

A celeuma surge numa altura em que se realiza a 26ª Feira do Jarmelo, a Mostra das Actividades Económicas – Concurso Pecuário do Jarmelo, onde irá decorrer, precisamente, o primeiro Concurso Nacional Bovino da Raça Jarmelista. O certame, organizado pela Câmara da Guarda, as duas freguesias do Jarmelo (São Miguel e São Pedro), da Associação Cultural e Desportiva local, a AGRIGuarda e a Pró-Raia – Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte, terá lugar durante no domingo.

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