Arquivo

Mira Amaral considera que a Guarda está «parada» a nível económico

O antigo ministro da Indústria e Energia, Mira Amaral, deu uma “aula de economia” na quarta-feira à noite na Guarda. O atual presidente do Banco BIC em Portugal foi o convidado do segundo evento do Ciclo de Conferências “Pensar o Futuro” que a candidatura do PSD e CDS-PP à Câmara da Guarda, liderada por Álvaro Amaro, promoveu.

“O futuro da indústria e do empreendedorismo” foi o mote para a conversa que juntou mais de uma centena de pessoas numa unidade hoteleira da cidade. Mira Amaral considerou que a Guarda é «uma cidade parada do ponto de vista económico» e que «não tem o dinamismo empresarial» que outras cidades próximas, como Covilhã e Castelo Branco, apresentam. «Lembro-me de que Castelo Branco começou nos meus tempos com um parque industrial que tem sido dinamizado. Na Covilhã houve a Universidade da Beira Interior e os autarcas apostaram, quer na Universidade, quer no parque empresarial. Sinceramente não sinto aqui na Guarda qualquer sensibilidade empresarial do município para promover dinamismo económico», defendeu o ex-governante. O convidado de mais uma palestra da candidatura do PSD e CDS-PP ao município da Guarda sustentou que um presidente de Câmara, «nos dias de hoje e passada a fase das infraestruturas básicas que já resolvemos, tem que apostar no desenvolvimento económico e empresarial do seu concelho». Mira Amaral esclareceu ter aceite o convite formulado por Álvaro Amaral pela «amizade e consideração» que o ligam a Álvaro Amaro e não para «fazer favores ao PSD», até porque esclareceu que nunca mais “vestirá” a camisola do partido por considerar que foi «enxovalhado» no processo que ditou a sua saída da administração da Caixa Geral de Depósitos, em 2004.

O presidente do Banco BIC em Portugal garantiu que sair da moeda única nesta altura seria «uma fantasia completa» com consequências nefastas: «Sair do euro é um convite a competir por salários baixos. É um erro. A banca portuguesa ia toda à falência de um dia para o outro. Seria a solução mais preguiçosa», frisou o antigo ministro. De resto, Mira Amaral defendeu também que «se a “troika” não estivesse em Portugal já não tínhamos dinheiro para alimentos e medicamentos. O cenário seria muito pior», reforçou.

Por seu turno, Álvaro Amaro considerou que «muitíssimo mais importante que as opções políticas ou eleitorais» nas eleições de 29 de setembro «é que a Guarda tenha uma voz forte, que tenha algum peso político e que não tenhamos que andar sempre a fazer o discurso da lamechice e do coitadinho». O candidato defendeu que «o futuro da Guarda vai depender muito da forma como vai aproveitar os fundos comunitários».

Comentários dos nossos leitores
concorde josefamartins5@hotmail.com
Comentário:
Sobre o titulo, há muito tempo que digo o mesmo!
 

Sobre o autor

Leave a Reply