O ministro da Educação garantiu anteontem a uma delegação sindical que está a «trabalhar» para garantir o número de funcionários não docentes nas escolas suficiente para assegurar a abertura do ano letivo com normalidade.
«Vai haver trabalhadores não docentes que terão que mudar de escola por não serem necessários nos estabelecimentos atuais», mas esse número será «mínimo e residual», terá afirmado Nuno Crato aos sindicalistas, segundo disse aos jornalistas o presidente da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, no final da reunião. «Iremos estar atentos no primeiro dia de escola» para assegurar que as condições estão garantidas para que o ano letivo se inicie, acrescentou o líder da Federação. Outro dos temas abordados na reunião com a FNE foi o relacionamento entre as escolas e as câmaras municipais, que passam a ter a tutela do pessoal sem funções docentes nas escolas.
Antes de ser aprovada a lei-quadro que está a ser feita pelo Governo para regular esse relacionamento, não pode haver decisões das autarquias referentes às escolas sem o conhecimento e a concordância das direções dos estabelecimentos, defendeu João Dias da Silva. Contudo, salvaguardou, o número de trabalhadores que vai estar em cada escola no início do ano, em meados de setembro, não irá depender desse diploma, que não está pronto nem se sabe ainda quando vai ser aprovado no Parlamento, de acordo com as declarações do sindicalista. Outra das garantias com que João Dias da Silva disse ter saído da reunião é a de que o número de psicólogos a trabalhar nas escolas do ensino básico e secundário se vai manter igual, em relação ao ano passado.