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Ministro diz que escolas precisam «mais de empenho do que computadores»

Nuno Crato esteve segunda-feira em Gouveia, cuja autarquia voltou a reclamar a criação de um curso superior de saúde na cidade

O ministro da Educação e da Ciência defendeu, em Gouveia, que «mais que computadores ou quadros interativos, o que mais falta faz nas escolas é empenho». Na segunda-feira, na sessão solene do feriado municipal da “cidade jardim”, Nuno Crato afirmou que é «necessário fazer melhor com menos meios» e que isso obriga ao «empenho» de todos, professores, alunos e pais.

No discurso proferido nos Paços do Concelho, o ministro salientou a necessidade de «haver mais disciplina e respeito pelos professores», tanto da parte dos alunos como dos educadores. «O problema central das escolas não é a avaliação dos professores», disse, adiantando que está a trabalhar para que este modelo de avaliação seja «o mais justo possível». O ministro quer dar maior autonomia às escolas, às autarquias e às populações para que sejam estes os protagonistas nas mudanças e afirmou que o seu ministério lhes dará todo o apoio. «Temos de ter o bom senso de não tentar fazer tudo de novo e de uma só vez», disse Nuno Crato, declarando que prefere ir fazendo «pequenas mudanças». Nesse sentido, o governante esclareceu que o novo modelo de avaliação de professores apresentado pelo Governo na passada sexta-feira «é uma proposta aberta» e que «pode ser sujeita a alterações».

A proposta prevê uma avaliação interna, feita em todos os escalões e na escola do docente, e uma externa, centrada na observação das aulas e realizada por avaliadores externos. O ministro reconheceu que existem entre 20 a 40 mil professores que não vão ser avaliados. Questionado sobre o facto dos docentes mais velhos ficarem de fora deste processo, Nuno Crato disse que considera que é sobre os outros, que estão a iniciar ou no meio da carreira, que é necessário fazer a avaliação. Por sua vez, Álvaro Amaro, autarca de Gouveia, aproveitou a vinda do ministro da Educação, que também tem a tutela do ensino superior, para pedir que ajude o município a conseguir a instalação de um curso superior de saúde na cidade – protocolado desde 2005, aquando da criação da Escola Superior de Saúde da Guarda.

Ministro diz que escolas precisam «mais de
        empenho do que computadores»

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