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Ministro considera «duvidosas» algumas opções da segunda fase da requalificação do Hospital Sousa Martins

Na primeira visita à Guarda, Paulo Macedo garantiu que a maternidade não fecha e que a criação do Centro Hospitalar da Beira Interior «não está a ser equacionada neste momento»

O ministro da Saúde afirma que a prioridade da tutela é «por o novo pavilhão ao serviço da população», escusando-se a confirmar se a empreitada da segunda fase da ampliação e requalificação do Hospital Sousa Martins vai concretizar-se na totalidade.

«Temos que nos concentrar neste investimento de mais de 50 milhões de euros, pois ainda não temos hospital a funcionar. Este pavilhão era para estar pronto no início de 2011, portanto a nossa prioridade é por este hospital ao serviço da população. Essa será uma das maiores preocupação da administração», declarou Paulo Macedo na sexta-feira, após visitar o novo pavilhão, que deverá ficar pronto em fevereiro, e dar posse ao Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS). «Segundo o empreiteiro, está previsto que obra seja entregue em fevereiro. O que quer dizer que poderá abrir de forma faseada dentro de alguns meses, para se ter a certeza de que é assegurada a manutenção da prestação assistencial», disse. O edifício, de quatro pisos, tem uma área de 48.600 metros quadrados e vai acolher serviços que atualmente estão dispersos pelos dois antigos blocos da unidade.

No piso térreo vão funcionar as consultas externas, os serviços de Imagiologia, a Urgência, o setor de exames especiais e esterilização, entre outros. O bloco operatório, o internamento, composto por 116 camas, as unidades de cuidados intensivos e intermédios e o laboratório ocuparão o piso 1. No piso -1 localizam-se as áreas técnicas, a farmácia, a medicina legal, o armazém e uma zona de estacionamento, enquanto o -2 fica reservado a estacionamento. Quanto à segunda fase, Paulo Macedo não se comprometeu, mas sempre foi dizendo que acha «altamente duvidosa» a requalificação dos antigos pavilhões do Sanatório Sousa Martins para serviços administrativos, uma tarefa que considera não dever ser da responsabilidade do seu ministério. «E mesmo do que já está feito, parece-me altamente duvidoso o parque de estacionamento para 700 carros nesta fase em que está o país», acrescentou.

Na primeira vinda à Guarda desde que assumiu a pasta da Saúde – não esteve na tomada de posse de Ana Manso há um ano, o ministro reiterou que «não está previsto» o encerramento da maternidade local, nem tão pouco dos serviços de partos na Covilhã e Castelo Branco. «A Organização Mundial da Saúde defende que as maternidades com menos de 1.500 partos devem encerrar, mas há especificidades que têm que ser acauteladas, por isso é que as da Beira Interior ainda estão abertas», declarou. Paulo Macedo adiantou também que a criação do Centro Hospitalar da Beira Interior, junto as unidades da Guarda, Covilhã e Castelo Branco, «não está a ser equacionada neste momento». Contudo, admitiu que é preciso avaliar «a cada momento e em todo o país – é isso que toda a gente nos pede – como podemos ter melhor racionalização e servir melhor as pessoas. Se é na unidade X ou Y, isso é indiferente para o cidadão, o que interessa é ter um bom acesso e uma boa qualidade assistencial», concluiu.

Luis Martins Governante foi conhecer o novo pavilhão, atualmente em fase de acabamentos e de equipamento

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