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Ministro anuncia para breve decisão sobre portagens

Pedro Marques recebeu, em Castelo Branco, carta aberta da comissão de utentes que reclama a abolição da cobrança na A23

A Comissão de Utentes da A23 aproveitou a presença do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, em Castelo Branco, na passada segunda-feira, para lhe entregar um carta aberta em que reivindica a abolição das portagens naquela autoestrada.

«Esperamos que haja uma resposta do ministro e do Governo. Ficamos a aguardar por essa resposta e esperamos que vá ao encontro daquilo que o primeiro-ministro, António Costa, disse durante a campanha eleitoral, que era necessário uma reavaliação das portagens», adiantou aos jornalistas Marco Gabriel, membro da comissão. No documento entregue a Pedro Marques é referido que a introdução de portagens na A23 «veio destruir por completo a capacidade competitiva e produtiva das micro, pequenas e médias empresas do interior, principalmente das regiões fronteiriças, aumentando irremediavelmente os custos de vida de populações e empresas, e levando a falências, despedimentos e desemprego». Há quinze dias, este movimento anunciou que vai programar novas ações de luta pelo fim das portagens na autoestrada da Beira Interior (Guarda-Torres Novas) caso o atual Governo não acabe com a cobrança.

Já o ministro do Planeamento e Infraestruturas, que participou na reunião do Conselho Regional do Centro, revelou que «em breve» haverá uma decisão sobre as portagens. «Estamos a estudar, a atualizar, a refazer estudos para criar uma solução que favoreça a mobilidade para o interior que poderá passar por alguma redução de portagens nas vias do interior com fracas alternativas ou alternativas inexistentes, não estando em cima da mesa a abolição de portagens», afirmou o governante. Respondendo a Passos Coelho que, no sábado, disse em Castelo Branco que tinha deixado pronta a revisão das portagens no sentido de fazer uma discriminação positiva nas regiões do interior, Pedro Marques adiantou que o Governo não recebeu quaisquer estudos concluídos sobre essa matéria. «Durante quatro anos nada foi feito a esse nível. Foram feitas muitas promessas, em particular, na campanha eleitoral. Mas, concretização de medidas a favor da mobilidade do interior ou a tal redução de portagens de que falaram, depois não fizeram. E tiveram quatro anos para fazer», criticou o ministro.

As portagens na A23 entraram em vigor em dezembro de 2011, as  isenções  acabaram em setembro de 2012

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