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Ministra da Saúde prevê «complementaridade» entre hospitais da Beira Interior

Ana Jorge garante que segunda fase de requalificação do Hospital Sousa Martins está «programada para se iniciar»

A ministra da Saúde confirmou no último sábado, no Congresso do PS Guarda, a hipótese de «complementaridade» entre os hospitais da Beira Interior. Afastada a possibilidade de fusão dos hospitais da Guarda, Covilhã e Castelo Branco, prevista pelo seu antecessor Correia de Campos, Ana Jorge reconhece que poderá haver uma «complementaridade», que também «poderá incluir a maternidade».

No entanto, a governante fez questão de sublinhar que esta ideia permanece, por enquanto, «num plano teórico», não havendo ainda «trabalho feito entre os hospitais» para decidir, por exemplo, quais as valências que estarão interligadas. Ana Jorge falava à margem do Congresso da Federação Distrital da Guarda do PS e começou por dizer que a hipótese de fusão dos hospitais da Beira Interior «será difícil de executar da forma que tinha sido pensada» por Correia de Campos. Na altura, previa-se a construção de um Centro Hospitalar da Beira Interior que resultaria da união dos três hospitais. «Esse é um cenário que tem de ser reflectido, mas que agora não tem cabimento, com a constituição das Unidades Locais de Saúde» da Guarda e de Castelo Branco, esclareceu a ministra. Reconheceu, ainda assim, que existe a necessidade de «uma melhor articulação» entre os hospitais e, no âmbito dos trabalhos de reorganização destas unidades, equaciona uma «discussão sobre os do interior, uma vez que estão mais afastados dos grandes centros e a população precisa de ter os recursos ao seu dispor».

No que diz respeito à requalificação do Hospital Sousa Martins, na Guarda, a ministra garantiu que a «segunda fase do projecto está programada para se iniciar» e será financiada com o apoio da Comunidade Europeia, através do programa QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). De acordo com Ana Jorge, a «disponibilidade de financiamento europeu» acaba por resolver um dos problemas existentes. No entanto, não há certezas absolutas sobre a possibilidade de haver alterações ao projecto inicial. «Espero que não haja alterações, estamos a trabalhar até agora para que isso não aconteça», confessou, acrescentando que «tudo leva a crer que a segunda fase vai ser concretizada».

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Ministra da Saúde prevê «complementaridade»
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