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Ministra da Educação vai protocolar Escola Profissional da Guarda

Neste momento é o que falta para sair do papel, visto que já foram ultrapassados todos os trâmites legais

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considera «muito interessante» o projecto da futura Escola Profissional da Guarda (EPG). Por isso, não hesitou em assegurar ao “O Interior” que espera voltar, em breve, à cidade para assinar o protocolo da sua criação, já que a iniciativa vai mesmo arrancar no próximo ano lectivo.

O projecto foi-lhe apresentado pelo presidente da Câmara, Joaquim Valente: «Vamos começar agora a trabalhar nele, para que se concretize já no próximo ano lectivo», garante a governante. Para Maria de Lurdes Rodrigues, trata-se de «uma ideia muito interessante, que procura aproveitar as sinergias e os recursos locais». E para colocar em prática a EPG, a ministra pretende inclui-la no programa “Novas Oportunidades”, apresentado no início deste mês. O objectivo é alargar, no ensino secundário, a rede para 450 cursos profissionais e vocacionais nos próximos anos, permitindo aos estudantes deste nível de ensino frequentarem tanto cursos de carácter técnico e profissional, como cursos que lhes permitam seguir para a universidade. As “Novas Oportunidades – desafios e mudança: o novo papel das escolas” é uma parceria do ministérios da Educação e do Trabalho e Solidariedade Social e vai estar em fase de execução até 2010. Um dos seus principais desafios é trazer de novo à escola os milhares de alunos que abandonaram o secundário, bem como atrair aqueles que frequentam o 9º ano com novas formações, explicou Maria de Lurdes Rodrigues.

No caso da Guarda, a titula da pasta da Educação prometeu regressar «para assinar o protocolo», acrescentando, «sim, porque a EPG vai arrancar já no próximo ano lectivo», disse, peremptória. Quem continua à espera do anúncio oficial desta decisão e do respectivo financiamento é Marília Raimundo, a grande impulsionadora do projecto da EPG. Neste momento, já foram cumpridas todas as fases previstas pela lei e o pessoal docente está a ser recrutado. Recorde-se que a EPG foi apresentada pela Ensiguarda – cooperativa nascida de uma parceria entre a Associação de Beneficência Augusto Gil e a Associação Comercial da Guarda – em 2002. A escola já tem director pedagógico: «Vem de Viseu e tem muita experiência nesta área. É o professor dr. Andrade e tem um longo currículo no ensino profissional», revela Marília Raimundo. De acordo com a responsável pretende-se criar uma escola profissional «aberta e virada para os alunos, com ensino de excelência, num projecto que se considera de fundamental relevância para o desenvolvimento da região».

A EPG é uma escola de ensino profissional privado, na área das Novas Tecnologias de Informação, Multimédia e Serviços Jurídicos, perspectivando-se ainda novas áreas tecnológicas. A qualificação dos alunos que completam os seus cursos é equivalente à dos colegas do ensino secundário não profissional, de tal forma que o acesso ao ensino superior é garantido exactamente nas mesmas condições. «Os alunos podem seguir os estudos e ingressar no Instituto Politécnico da Guarda, já que a maioria serão desta região, ou seguir as vias universitária ou profissionalizante», exemplifica. Nesta primeira fase, a escola funcionará em instalações cedidas provisoriamente pela ESTG.

Patrícia Correia

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