A mobilidade dos médicos entre hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve avançar este ano, o que pode significar que os clínicos podem vir a ser obrigados a mudar de hospital.
A intenção do Ministério da Saúde está expressa, de forma vaga, na metodologia de contratualização com os hospitais, onde se estabelecem as regras para 2014. No entanto, em declarações ao “Jornal de Negócios”, o vogal da Administração Central do Sistema de Saúde, Alexandre Lourenço, admite que, na prática, este ano, deverá haver mobilidade de profissionais entre hospitais. O objetivo é acabar com as desigualdades na distribuição sobretudo de médicos, entre hospitais com médicos a mais, como em Lisboa, e outras unidades com falta de clínicos, como é o caso da Guarda, e conseguir uma melhor rentabilização dos recursos humanos. Os médicos vão ter as mesmas regras da função pública, ou seja, pode ser deslocados até 60 quilómetros de distância, com possibilidade de serem atribuídas ajudas se não existirem transportes. Acima de 60 quilómetros, a mudança só poderá ocorrer com a concordância do profissional.
