Dezenas de militares desfilaram anteontem pela Praça Dr. Francisco Salgado Zenha, junto ao antigo Quartel da Guarda, no âmbito das celebrações do Bicentenário da Guerra Peninsular.
Alinhado em frente ao Jardim José de Lemos, uma companhia do Exército celebrou a retirada das tropas francesas da região da Guarda durante as Invasões e prestou homenagem aos que morreram «em nome da nação». «Respeitamos a coragem dos que combateram, dos que caíram em nome do futuro e de todos nós», afirmou o presidente da Câmara. No seu discurso, Joaquim Valente reconheceu que «são grandes os desafios que agora se enfrentam», mas incitou os guardenses a «darem o seu melhor» em honra dos antepassados que lutaram pelo país. Para o General Chefe do Estado-Maior do Exército, esta foi «a celebração da vontade de uma nação que queria defender a sua identidade». José Luís Pinto Ramalho defendeu, assim, a continuação dos «valores patrióticos» que levaram à retirada do exército francês de terras egitanienses durante a Guerra Peninsular.
Depois dos discursos, os guardenses puderam assistir a um desfile das forças em parada e à inauguração da exposição “O Terreno, o Engenho e a Arte de Fortificar Pararam a invasão de Masséna” no Paço da Cultura, numa iniciativa da Direção de Infraestruturas do Exército. Seguiu-se uma missa na Sé Catedral e, durante a tarde, um colóquio sobre o tema “A Região da Guarda na Guerra Peninsular”. As comemorações terminaram com um concerto pelo Ensemble da Banda Sinfónica do Exército no TMG. A Guerra Peninsular deu-se depois de Napoleão Bonaparte ter invadido o país no século XIX por Portugal não ter respeitado o “Bloqueio Continental” que a França impôs à Inglaterra.
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