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Mileu sofre para bater Sporting da Mêda

Equipa da Guarda esteve a perder e só “deu a volta” ao marcador nos últimos minutos com um pénalti muito duvidoso

O Mileu Guarda continua na segunda posição do Distrital, a três pontos do Fornos de Algodres, graças ao triunfo sobre o Sporting da Mêda no domingo. Foi uma vitória muito difícil, já que os guardenses estiveram a perder e só conseguiram consumar a reviravolta no marcador nos últimos 10 minutos, com o golo decisivo a resultar de uma grande penalidade muito duvidosa.

O jogo grande da jornada colocou frente-a-frente o segundo e o quarto da tabela, ambos com resultados moralizadores na ronda anterior. A Mêda foi a primeira equipa a criar perigo. Estavam decorridos cinco minutos quando Paulo João se esgueirou pela direita e cruzou para o segundo poste, só que Nuno Carvalho chegou ligeiramente atrasado. De resto, a formação visitante apostou muito em lançamentos para as costas da defesa do Mileu para tentar tirar partido da velocidade do seu avançado, autor de três golos na jornada anterior frente ao líder. Já o Mileu teve maior posse de bola, com o jogo a ser muito disputado a meio-campo. Contudo, a equipa da Guarda sentiu muitas dificuldades em entrar com perigo na área visitante e só nos últimos cinco minutos incomodou Paulo Jesus. Aos 41’, terá mesmo ficado por marcar um pénalti a favor do Mileu, pois o guarda-redes medense parece ter derrubado Gaspar quando a bola já tinha saído pela linha de fundo. Dois minutos volvidos, na marcação de um canto, o esférico passou por toda a gente, mas Tiago, ao segundo poste, não conseguiu desviar para a baliza.

No regresso das cabinas, João Borrego fez entrar Edson para o lugar de Pedro Ribeiro, uma alteração que deu resultado nos primeiros minutos e o primeiro golo da partida. Foi aos 53’ que Artur Lobão aproveitou da melhor forma um desentendimento entre Pedro Dias e o guarda-redes Nuno Morais para marcar um golo pleno de oportunidade, com a bola a encaminhar-se devagarinho para o fundo das redes. O Mileu não conseguiu reagir de imediato e o Sporting da Mêda podia ter ampliado a vantagem. Primeiro, aos 57’, mas Paulo João não foi suficientemente lesto a rematar. Depois, aos 61’, Edson desviou a bola perante a saída do guarda-redes adversário, só que Paulo João não conseguiu chegar a tempo de desviar. Aos 65’, Pedro Dias deu o lugar a Espinhaço e a equipa da Guarda ficou melhor, passando a dominar claramente as operações, enquanto a Mêda tentava responder em contra-ataque. Três minutos depois, o Mileu podia ter empatado, não tivesse Paulo Jesus defendido o remate “à queima” de Stromberg. Mas, aos 80’, a equipa da Guarda viu o seu esforço premiado com o golo de Roberto, na conversão de um livre directo à entrada da área, num lance em que o guardião da Mêda não está isento de culpas. No minuto seguinte, Chico quase fez o 2-1, mas o “chapéu” saiu demasiado alto.

O Mileu continuou a pressionar à procura da vitória e a dois minutos do final do tempo regulamentar beneficiou da marcação de uma grande penalidade que não parece ter existido. Saraiva e Chico disputaram um lance na área, com o atleta do Mileu a cair estatelado, mas o homem da Mêda parece ter tocado primeiro na bola. O árbitro assim não entendeu e apontou o castigo máximo, convertido, com classe, por Tiago. Já ao cair do pano, Paulo João fugiu com muito perigo para a área do Mileu onde Luís Maio não teve outro remédio senão agarrar o dianteiro contrário. O árbitro esteve mal novamente ao mostrar apenas amarelo, pois o avançado ficaria isolado. Na transformação do livre, o especialista Tiago atirou contra um adversário. O trio de arbitragem viu o seu trabalho manchado pelos lances das duas pretensas grandes penalidades.

Ricardo Cordeiro

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