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Mia Couto comovido com inesperado Prémio Eduardo Lourenço

Mia Couto recebeu, na passada sexta-feira, na Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço, concedido pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), numa cerimónia em que se disse «honrado e comovido».

«Olho isto como um desafio para continuar, para fazer mais», declarou o escritor moçambicano, para quem Eduardo Lourenço é «mestre do pensamento». O galardoado recordou ainda que, «em princípio, não era esperado que um autor africano, que não é português nem espanhol, produziu uma obra toda virada para uma outra preocupação, que não era esta do iberismo, fosse premiado». Por sua vez, o patrono do CEI e deste galardão considerou Mia Couto como «um dos maiores escritores da língua portuguesa contemporânea». Para Eduardo Lourenço, o escritor é «um elo vivo de toda a tradição portuguesa e do espaço da língua portuguesa», tendo desejado que um dia «seja um dos autores de origem portuguesa tão universal como a sua própria obra, que já é hoje». Nesta cerimónia, coube a José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, fazer o elogio do premiado, tendo declarado que o autor é «um escritor em estado de começo contínuo. É um dos narradores maiores da língua portuguesa». O Prémio Eduardo Lourenço tem o valor pecuniário de 10 mil euros. Mia Couto aproveitou esta passagem pela Guarda para apresentar o seu novo livro, “A Confissão da Leoa”.

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