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Mês de agosto é o mais forte da hotelaria da região

Responsáveis de unidades hoteleiras regionais revelam que o alojamento na região tem maior ocupação em agosto

A hotelaria da região tem tido uma procura elevada durante o mês de agosto. De acordo com responsáveis de algumas das unidades, os hóspedes são maioritariamente portugueses e procuram o contacto com a natureza e as visitas a locais históricos.

Agosto foi este ano um mês forte para os hotéis da região. O Hotel dos Carqueijais, na Covilhã, regista a taxa de ocupação mais elevada até ao momento: 95 por cento de lotação. Igualmente do grupo Turistrela, seguem-se os chalés de montanha, na Serra da Estrela, com 80 por cento de ocupação. Segundo Rui Abrantes, diretor do hotel, a maioria dos clientes são portugueses e procuram, essencialmente, museus, passeios pedestres, Aldeias Históricas, o contacto com a natureza e as praias fluviais. A razão desta procura deve-se, sobretudo, à «forte aposta na promoção e divulgação online, pois dá uma enorme visibilidade às nossas unidades hoteleiras», refere o responsável. Também o lançamento de ofertas especiais, bem como as promoções, são um fator determinante nas reservas. Também o H2otel, em Unhais da Serra, tem tido uma procura bastante forte. Luís Veiga, administrador executivo do Grupo Natura IMB Hotels e presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), confirma que «este tem-se revelado o melhor mês em toda a região da Beira Interior».

A aposta do grupo faz-se entre dezembro e agosto, mas este mês «é, sem dúvida o mais consistente», adianta o empresário. Os clientes são portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades, que visitam a região durante um ou dois dias. O Hotel Camelo, em Seia, registou igualmente uma boa procura. «Há alguns anos que agosto é dos melhores meses. As pessoas já começam a dividir mais as férias, entre a praia e, neste caso, a montanha», refere o diretor Miguel Camelo, notando que este ano, além do turismo interno, há também uma elevada procura por parte dos emigrantes. Já o Hotel Eurosol, em Gouveia, tem uma taxa de ocupação média da ordem dos 48 por cento, menos cerca de três por cento relativamente ao ano anterior. Segundo Cláudia Brito, diretora da unidade hoteleira, esta situação deve-se à «ausência de dois eventos locais de cariz nacional com algum peso». No entanto, também aqui o número de emigrantes aumentou este ano. Recentemente, João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, declarou que «a generalidade das regiões do país encontra-se com taxas de ocupação recorde, o que indica que no final do ano estaremos perante uma época turística que estabelecerá novos máximos». Apesar do pedido, O INTERIOR não obteve em tempo útil dados sobre a taxa de ocupação das Pousadas de Belmonte e da Serra da Estrela.

O H2otel é uma das unidades mais procuradas da região

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