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Médicos especialistas procuram-se

Ministério da Saúde abriu vagas em especialidades médicas para hospitais carenciados, como é o caso da Guarda e Seia

Os Hospitais da Guarda e de Seia poderão vir a receber, muito em breve, novos médicos especialistas. O Ministério da Saúde abriu um total de 115 vagas em várias especialidades médicas a nível nacional, para serem ocupadas em Hospitais e Centros de Saúde onde existe carência de especialistas.

A lista, onde consta o número de vagas, as especialidades médicas e as unidades de saúde com falta de clínicos, foi publicada em “Diário da República” na passada quarta-feira. No Hospital Sousa Martins (HSM), as especialidades médicas a que é possível concorrer incluem Anestesiologia, Cardiologia, Pediatria e Radiologia, todas com uma vaga disponível. Já em Seia existem duas vagas a concurso, uma para Anestesiologia e outra para Medicina Interna. Esta medida de excepção não constitui, aliás, novidade para o HSM. Segundo Luís Ferreira, director clínico do Sousa Martins, este tipo de concurso já aconteceu no ano passado e permitiu ao Hospital da Guarda receber dois novos especialistas: um cardiologista e um ortopedista. De resto, nos últimos dois anos abriram igualmente vagas para Radiologia, mas «nunca chegaram a ser preenchidas», lamenta o médico.

Quanto aos efeitos que esta medida da tutela poderá ter na contratação de novos clínicos, Luís Ferreira admite que o melhor é mesmo esperar para ver, «até porque nem sempre há candidatos disponíveis», refere. Contudo, o director clínico não esconde que «seria bom que viesse alguém» para a Guarda, uma vez que a falta de médicos continua a ser «uma área problemática e que tem obrigado a um enorme esforço» por parte dos clínicos que exercem no Sousa Martins e que se «desdobram em horas extraordinárias e escalas de Urgências, por vezes, 24 sobre 24 horas». Aliás, o quadro do HSM, com capacidade para receber 224 médicos, «ainda conta com 70 lugares vagos», recorda o clínico. Apesar de tudo, Luís Ferreira está optimista e diz mesmo que «um Hospital novo e bem equipado» poderia “dar uma mãozinha” na fixação de mais médicos na cidade. Por outro lado, também a criação da Unidade Local de Saúde (ULS) e a obtenção do estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE) pode dar uma ajuda e «constituir uma vantagem, já que permitirá maior flexibilidade na contratação de clínicos, nomeadamente através da realização de contratos individuais de trabalho», adianta.

No âmbito deste conjunto de vagas, poderão candidatar-se, até amanhã, os médicos que tenham concluído o internato complementar na segunda época de 2007 e tenham mantido o contrato administrativo de provimento que sustentou o programa de formação da respectiva área profissional de especialização.

Rosa Ramos

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