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Mêda+ regressa hoje para sétima edição

Orelha Negra, Paus e Salto são os cabeças-de-cartaz do mais carismático festival de música do interior

«O Mêda+ nasceu numa altura em que não havia festivais de música de referência no interior do país», refere Pedro Pereira, que está na organização desde o primeiro ano do festival (2010).

A sétima edição começa hoje, no recinto da Santa Cruz (Mêda), com Flying Cages, Oioai, Paus e DJ A Boy Named Sue. Amanhã é a vez dos grupos Granada, The Lemon Lovers e Salto, estes últimos em versão banda e versão DJ set, subirem ao palco. O último dia (sábado) está reservado para Her Name Was Fire, Bed Legs, Orelha Negra e Mauro Barros. Os espetáculos têm início pelas 23 horas e continua com entrada livre. Segundo o vice-presidente da Associação Juvenil Mêda+, entidade organizadora, a ideia de iniciar uma atividade ligada à música surgiu com a vontade de «acrescentar valor e diversidade à oferta artística do distrito e de criar uma marca com personalidade, que pudesse ir crescendo ao longo dos anos». Seis anos depois, «temos a sensação que o cartaz desta edição é um dos mais fortes que já conseguimos apresentar e, pelo “feedback” que temos recebido, estamos muito perto de ter a maior edição de sempre em termos de público», adianta o responsável.

Apesar de nas primeiras edições a organização ter sentido «alguma resistência» por parte da população local, hoje «as pessoas ficam orgulhosas porque o nome “Mêda” ganhou muito mais visibilidade e notoriedade com o festival», sublinha Pedro Pereira. Além do recinto na Santa Cruz, o Mêda+ inclui pelo segundo ano consecutivo o Palco CTT, ativo durante a tarde no parque municipal da cidade com um programa destinado a todos. Por lá vão passar algumas das apostas da nova música portuguesa, caso de Tio Rex e The Tumble Reeds (hoje), S. Pedro e Birds Are Indie (amanhã) e Duquesa e Luís Severo (sábado). Foi neste espaço que se fez, ontem, a receção ao campista com um espetáculo da Orquestra Sinfónica dos centros de formação musical de Mêda, Trancoso, Aguiar da Beira e Moimenta da Beira, que reinterpretou alguns dos melhores álbuns da história do rock.

À semelhança dos anos anteriores, o parque de campismo mantém a entrada gratuita e a utilização das piscinas municipais tem o custo de três euros para os três dias do evento. Este ano a capacidade do campismo foi ampliada e haverá mais espaço de restauração no recinto do evento. Com um orçamento que ronda os 50 mil euros, o festival conta com o apoio da Câmara, Junta de Freguesia e Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Criado em 2010, pelo Mêda+ do ano passado terão passado mais de 6.000 pessoas, de acordo com a organização.

«As pessoas ficam orgulhosas porque o nome “Mêda” ganhou muito mais visibilidade e notoriedade com o festival», diz Pedro Pereira

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