Arquivo

Mêda obrigada a sofrer para conquistar título

Líder sem Batata e Rogério derrotou Gouveia com um golo de grande penalidade

Toda a gente sabia que o Sporting da Mêda ia ter uma tarefa difícil para segurar o primeiro lugar do Distrital, e o direito de regressar ao Nacional da IIIª Divisão, isto porque o Sabugal, também a jogar em casa, tudo faria para vencer na expetativa de uma escorregadela do seu adversário direto.

Com um plantel bastante desfalcado, agravado pelas ausências de Rogério (castigo) e de Batata (lesão), Artur Lobão terá tido bastantes dificuldades para formar um onze que lhe permitisse vencer o Gouveia, que já lhe tinha “roubado” a Taça de Honra há duas semanas. A tarefa era difícil e certamente que os corações dos medenses palpitaram até ao apito final de Pedro Afonso.

Desde muito cedo que os gouveenses deram a entender que estavam no Municipal da Mêda para tentar pontuar e dificultaram, e de que maneira, a tarefa dos locais. Na ausência de dois jogadores influentes, Artur Lobão fez regressar ao onze inicial Pedro Ribeiro, elemento da equipa técnica, e Gaspar. Durante a primeira parte, os medenses procuraram insistentemente o golo, mas a defesa visitante fechou todos os caminhos para a baliza de Cláudio Buffon, que também esteve em bom nível.

No entanto, o golo surgiu aos 40’, quando Jean, também ele em más condições físicas, entrou pela esquerda da área e sofreu um toque de Pedro Henriques no pé de apoio. Pedro Afonso, muito bem colocado, não teve dúvidas e apontou para a marca da grande penalidade. Chamado a converter, Patoilo, que voltou a realizar uma boa exibição, não desperdiçou a oportunidade e colocou a Mêda na frente do marcador. Mas ainda havia 45 minutos para jogar e o sofrimento das gentes afetas ao Sporting da Mêda não acabou por aqui. O cariz da partida não se alterou no segundo tempo, com um Gouveia determinado a vender cara a derrota e um Sporting da Mêda a tentar resguardar a magra vantagem. De resto, toda a gente estava atenta ao que se passava no Sabugal, que, tal como lhe competia, vencia o Foz Côa, pelo que a angústia era cada vez maior nas bancadas.

Jorge Cardoso ainda tentou mudar o rumo dos acontecimentos com algumas alterações no onze inicial, mas a vontade e o sacrifício dos pupilos de Artur Lobão foi suficiente para segurar um resultado que lhes garantiu o regresso aos Nacionais e o título de campeão distrital. Isto, apesar dos locais terem ficado reduzidos a 10 unidades nos minutos finais por expulsão de Tibério. O trio de arbitragem, liderado por Pedro Afonso, esteve bem, apesar de alguns erros que não tiveram influência no resultado. Depois do sofrimento, veio a alegria e o público saudou os vencedores de forma entusiástica. A festa começou no estádio, prosseguiu nos Paços do Concelho e num jantar oferecido pela autarquia nas piscinas municipais.

Fernando Araújo/Rádio Elmo

Jogadores da Mêda agradeceram o apoio do público no final da partida

Mêda obrigada a sofrer para conquistar
        título

Sobre o autor

Leave a Reply