O Sporting da Mêda teve que suar na deslocação a Pinhel para garantir os três pontos que lhe permitiram ascender ao segundo lugar e encurtar a distância para o líder Foz Côa.
Em tarde de muito frio e com o Astolfo da Costa em mau estado devido à chuva do dia anterior, as duas equipas surgiram com o firme propósito de alcançar a vitória. Foi a Meda que assumiu o controlo da partida e com um meio-campo bastante homogéneo conseguiu, por várias vezes, levar o perigo à baliza de Nuno. Aos 17’, após um lançamento para as costas da defesa local, Batata isolou-se e foi derrubado na área pelo guarda-redes, tendo fracturado a clavícula esquerda. O avançado medense foi transportado para o Hospital da Guarda, onde foi operado, e já se sabe que ficará parado durante cerca de dois meses. Nesta jogada aconteceu o primeiro erro da equipa de arbitragem. Gonçalo Martins exibiu o cartão amarelo a Nuno, quando, em nossa opinião, deviria ter mostrado o vermelho, já que o avançado visitante estava em óptima posição para rematar.
O árbitro assinalou, como lhe competia, a grande penalidade que Barra transformou em golo. Artur Lobão teve que mexer no xadrez e chamou Batatinha para substituir o seu irmão lesionado e em boa hora o fez, já que o jovem médio protagonizou uma boa exibição. A equipa de Pinhel não baixou os braços e, pelo menos, em duas ocasiões causou calafrios a Zé Luís, que ora viu a bola beijar a trave e passar rente à quina do poste esquerdo da sua baliza. No segundo tempo, a formação da casa entrou mais dominadora, mas sem conseguir apoquentar Zé Luís e os seus pares mais recuados. A Mêda, como lhe competia, foi controlando o jogo e a vantagem conseguida ainda no primeiro tempo. Quanto ao árbitro, fez um trabalho regular manchado apenas pela amostragem do cartão amarelo a Nuno e também por não ter assinalado uma grande penalidade a favor da Mêda por mão de um atleta de Pinhel na área. Também deixou endurecer o encontro, o que lhe poderia ter trazido alguns dissabores.
Fernando Araújo/Rádio Elmo
