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Mêda contra traçado do IP2

João Mourato garante que via proposta irá destruir «os melhores terrenos agrícolas» de produção de vinho do Porto no concelho

O presidente da Câmara de Mêda contesta o traçado do futuro Itinerário Principal 2 (IP2), considerando que irá destruir «os melhores terrenos agrícolas» de produção de vinho do Porto. A via ligará a A-25 na zona de Celorico da Beira a Macedo de Cavaleiros (distrito de Bragança), numa extensão total de 112 quilómetros.

Segundo João Mourato, o ante-projecto que está em estudo apresenta um traçado que, a ser concretizado, constituirá «um crime de lesa-economia». «Por onde pretendem que o IP2 passe, o projecto irá ocupar e destruir grande parte das vinhas do nosso concelho incluídas na Região Demarcada do Vinho do Porto, nomeadamente na zona da Veiga, freguesia de Longroiva», afirmou. O autarca discorda da proposta apresentada pela Estradas de Portugal (EP), argumentando que «a 300 metros a nascente desta zona, existe um traçado alternativo que não comprometeria a economia do concelho, uma vez que se trata de um espaço rural pobre». E acrescenta que também não concorda com o ante-projecto, «na medida em que prevê que, entre Celorico da Beira e Trancoso, passe um traçado de duas vias, e de Trancoso para Foz Côa [com passagem pelo concelho da Mêda] haja um Itinerário Principal com três vias, quando se pretende que seja uma via tipo auto-estrada em toda a sua extensão». João Mourato já manifestou o seu descontentamento aos autores do projecto e à EP, esperando que as reclamações do município da Mêda sejam tidas em conta. «Vai seguir novamente para a EP mais uma reclamação sobre a matéria, a obstar a concretização do projecto nestes termos», adiantou. O IP2 é uma via há muito reclamada pelos autarcas do Norte do distrito da Guarda, com o objectivo de aproximar aquela zona da capital de distrito.

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