Não começou da melhor forma a sétima edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira que começou na passada sexta-feira no Pavilhão Multiusos de Trancoso. O S. Pedro não ajudou à festa e o negócio no dia de sábado ficou muito aquém das expectativas. O certame prossegue este fim-de-semana e as previsões de bom tempo abrem melhores perspectivas para o negócio.
«Com os apelos continuados da Protecção Civil e do Instituto de Meteorologia no sentido de as pessoas ficarem em casa face ao mau tempo que se adivinhava, naturalmente que o sábado foi para esquecer», lamenta o presidente da AENEBEIRA. António Oliveira sublinha que «nem as dezenas de autocarros cheios de turistas que costumam passar por Trancoso nesta época do ano por causa da rota das amendoeiras em flor se viram no sábado», reforçando que tem conhecimento de que «em Foz Côa e Moncorvo não parou nenhum autocarro», assegura. Quanto aos expositores «compreenderam perfeitamente o que se passou no sábado, porque o tempo é um factor imprevisível e que nós não controlamos», afirmou o responsável. Já o domingo foi um pouco melhor, com cerca de oito mil pessoas a «encherem completamente o recinto durante a tarde», contou. Para o fim-de-semana que se aproxima, as previsões meteorológicas são completamente diferentes, pelo que o presidente da AENEBEIRA conta ter «muita gente a visitar a feira» e «um aumento significativo de visitantes para sábado e domingo».
No dia de abertura da Feira, António Oliveira frisava que a previsão do número de visitantes apontava para «entre 25 a 30 mil visitantes», não se esperando «mais do que aquilo que se verificou o ano passado». O dirigente frisou também o objectivo de os agentes económicos presentes puderem realizar «avultadas vendas», uma vez que se trata de «uma feira de promoção e divulgação», mas «também de vendas», sendo que se têm realizado «normalmente todos os anos em crescendo vendas significativas nalguns sectores que muito satisfazem os agentes económicos presentes». Ao todo, participam na Feira 94 expositores entre produtores de enchidos e fumados, de queijos, de vinhos, compotas, doces tradicionais e também artesãos.
Igualmente presente na cerimónia de inauguração esteve o autarca de Trancoso que enalteceu a «atractibilidade que a feira tem para o visitante» e o movimento comercial «já com muito significado para os expositores». Júlio Sarmento salientou que o certame constitui «uma marca para a região» e uma «referência que traz a Trancoso dezenas de milhares de visitantes». Para o futuro, considera que «teremos condições de amplificar esta mostra e por isso há sempre espaço para crescer e diversificar».
Ricardo Cordeiro 
