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Marques Mendes quer «mais uma Câmara» em Castelo Branco

Desafio foi lançado aos autarcas que irão encabeçar as listas social-democratas nas autárquicas de Outubro

O líder do PSD, Luís Marques Mendes, pediu aos autarcas do distrito de Castelo Branco «mais uma câmara» nas autárquicas de Outubro para que a estrutura distrital do partido possa ter a «maioria absoluta». O desafio foi lançado no último domingo, em Castelo Branco, durante a apresentação de nove dos onze candidatos que irão liderar as listas social-democratas. «Em onze câmaras, temos cinco presidências. Precisamos de mais uma para sermos os maiores», salientou, pedindo aos candidatos «humildade e credibilidade» durante a campanha eleitoral. «Não façam muitas promessas aos eleitores. Façam o contrário do Governo», apelou, pedindo ainda para que os candidatos «deixem de lado as questões pessoais».

«Pensem apenas nos interesses do concelho e do partido», frisou o líder laranja, para que se possa «evitar os erros cometidos» há quatro anos quando o PSD perdeu a Câmara da Sertã, um concelho «sociologicamente social-democrata, onde sempre ganhámos. Foi o resultado a que mais me custou assistir», recordou. Marques Mendes pediu ainda a formação de equipas «de qualidade e competência» para acompanhar os cabeças de lista. «Escolham os melhores e os mais capazes para trabalharem dia e noite», lamentando o «oportunismo e compadrio» que se assiste hoje na vida política em Portugal.

No distrito albicastrense, o PSD volta a apostar na recandidatura de Manuel Frexes no Fundão, de Irene Barata em Vila de Rei, Diamantino André em Proença-a-Nova e José Santos Marques em Oleiros. António Carvalho é a aposta para encabeçar a lista à Câmara de Castelo Branco, enquanto que na Sertã o líder é Fernando Pereira. Para Idanha-a-Nova o PSD aposta em António Salgueiro e em Vítor Carmona para Vila Velha de Ródão. Já para Belmonte, o partido decidiu apoiar a candidatura independente de António Dias Rocha, à semelhança do apoio que já tinha sido expresso pela concelhia.

Os únicos candidatos que ficaram por apresentar foram os da Covilhã e de Penamacor, se bem que tudo aponta para que Carlos Pinto se volte a candidatar nas próximas autárquicas. O edil covilhanense (que volta amanhã à Câmara), não esteve presente no jantar de apresentação dos candidatos «por se encontrar ausente do distrito», mas fez questão de enviar uma mensagem a manifestar o apoio a Marques Mendes e ao partido, avisando que o PSD irá «de novo à luta na Covilhã, independentemente de quem liderar a equipa», rematou, depois de várias criticas ao governo socialista que irá «conduzir o país a uma maior recessão interna e desequilíbrio».

Carlos Pinto na Covilhã e coligação em Penamacor

Mas apesar do “suspense” que Carlos Pinto tem mantido, Marques Mendes não tem dúvidas de que será ele a liderar a equipa na “cidade neve”. «É Carlos Pinto que tem que falar, mas a mensagem que mandou e as conversas que teve comigo dizem tudo», disse o líder nacional do PSD, sorrindo. «Penso que, neste caso, o meu sorriso vale por mil palavras», concluiu. Opinião semelhante tem também Carlos São Martinho Gomes, para quem o processo da Covilhã «está já encerrado». «É o candidato que convidei e estou certo que a Covilhã vai ter mais uma vez a liderança de Carlos Pinto como presidente», completou o presidente da comissão política distrital do PSD de Castelo Branco. Já em Penamacor, e depois de conhecida a decisão de Domingos Torrão avançar nestas autárquicas como independente apoiado pelo PS (em 2001 tinha sido apoiado pelo PSD), deverá haver uma coligação com o CDS/PP. É um «homem da terra», adianta Carlos São Martinho, acreditando que a coligação sairá vencedora naquele concelho (ver “Cara a Cara”, pág.3).

Sentimento que, de resto, se estende a todo o distrito. «Vamos ter um grande resultado eleitoral nas autárquicas», frisou Marques Mendes, depois de criticar a actuação socialista e as medidas anunciadas para reduzir o défice.

Liliana Correia

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