Arquivo

Maria João Pinto, vencedora

Entrevista

Como é ganhar duas vezes o Prémio Riacho?

Acima de tudo, inesperado. Ganhar uma vez é fantástico, mas ganhar duas vezes consecutivas é ainda melhor. Admito que foi uma agradável surpresa, porque concorri estando ciente de que seria muito complicado igualar a proeza do ano anterior.

Como te surgiu a ideia da “Coleccionadora”, texto vencedor do Prémio Riacho?

Este conto surgiu inesperadamente, por volta das duas horas da manhã de um dia de Inverno, alguns meses atrás. De repente, senti que uma ideia se formava no fundo da minha mente e aquela ânsia familiar obrigou-me a escrever. O resultado foi “A Coleccionadora de Cores”, que é mais uma metáfora do que uma história propriamente dita.

E o outro texto que apresentaste a concurso, “Apocalipse”?

Tal como o nome parece indicar, “Apocalipse” passa-se após uma série de cataclismos que destroem o nosso planeta. É a história de um rapaz que pensa ser o único sobrevivente; no final, contudo, é-lhe revelado algo: uma verdade escondida que o devolve à vida.

O que te leva a escrever?

Ler muito e ter uma imaginação fértil são ferramentas muito úteis quando toca a escrever, mas penso que, no meu caso, há algo mais, algo interior que me força a escrever. É a tal ânsia de que já falei, uma necessidade imperativa de passar as minhas ideias para o papel. Se é um segredo, bem, também o é para mim.

Quais os géneros de livros que preferes?

Não posso dizer que tenho um género preferido: leio de tudo um pouco, embora seja mais apreciadora de prosa do que poesia. Os últimos livros que li foram Os Lusíadas (Luís de Camões), Fúria Divina (José Rodrigues dos Santos), Ética Para Um Jovem (Fernando Savater), Retalhos da Vida de Um Médico (Fernando Namora) e Nas Nuvens (Walter Kirn).

Ler dá-te mesmo prazer?

Eu adoro ler. Ganhei esse hábito ainda em pequena, graças aos meus pais, que me incutiram o gosto pela leitura. É, por isso, um prazer passar umas horas acompanhada por um bom livro. No entanto, também gosto de conviver com os meus amigos, ver filmes e séries de televisão, dar uns passeios, …

Sabemos que dedicas muito tempo à leitura e ao mesmo tens classificações elevadas no teu curso: como consegues?

Com uma boa gestão do tempo, tudo é possível: ler, estudar, sair, fazer desporto ou participar em actividades culturais. Obviamente, isto não é fácil e, muitas vezes, é preciso abdicar ou adiar a diversão; contudo, o sacrifício acaba por valer a pena, mais tarde.

Que livro levarias para uma ilha deserta?

Teria de ser um que permitisse descobrir algo novo a cada releitura, como um dos livros de Philip Pullman ou Marion Zimmer Bradley. Penso que também levaria comigo o meu MP4 e um caderno em branco, para escrever o que me apetecesse.

Maria João Pinto, vencedora

Sobre o autor

Leave a Reply