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Maria do Carmo candidata

Autarca disponível para mais um mandato à frente da Câmara da Guarda

Cansada de ouvir muitos nomes como putativos candidatos pelo PS à Câmara da Guarda, Maria do Carmo Borges decidiu-se e já apresentou a sua disponibilidade para mais um mandato. «Não podíamos continuar com esta feira de vaidades», refere a dirigente socialista a propósito dos muitos nomes e cenários que se têm discutido para encabeçar a lista do PS às próximas autárquicas.

Maria do Carmo Borges chegou à presidência da autarquia guardense em 1995 após a suspensão do mandato de Abílio Curto, na sequência do famoso processo do “Matadouro”. Depois, liderou a candidatura socialista às autárquicas em 1997, tendo como principal adversário, pelo PSD, Carlos Andrade. Ganhou com maioria clara apresentando o projecto “rumo ao futuro”. Quatro anos depois o PS voltou a ganhar, apresentando Maria do Carmo Borges contra Ana Manso. Falava-se então no PS de um “alfobre” de candidatos e que qualquer um podia ganhar. Só que os resultados contrariaram tamanho optimismo, com o PS a ganhar pela margem mínima (coisa nunca antes vista no concelho). Um “score” que deitou por terra a filosofia do “alfobre”, pois ficou claro que o nome de Maria do Carmo foi essencial para a vitória. A presidente, e os seus colaboradores mais directos na Rua Francisco dos Prazeres têm consciência disso mesmo. É neste contexto que a autarca aceita o repto de se recandidatar a um terceiro mandato. «Se o partido assim o desejar, estarei à sua disposição para dar seguimento ao nosso projecto» para o concelho, afirma.

Maria do Carmo recorda que, «tal como há quatro anos», também agora «as pessoas são a razão de ser» da sua candidatura. A socialista considera que «ainda há muito para fazer» e nestes últimos tempos o Governo «não nos deu facilidades», mas que agora «estou mais optimista», referindo-se há possibilidade dos municípios poderem novamente recorrer ao crédito bancário, ou seja, que podem endividar-se. «Assim, vamos fazer obras e implementar projectos» e como consequência «os senhores ministro, que até agora esqueceram a Guarda, vão fazer visitas em catadupa à cidade» garante.

Mudança de vereadores

Por isso a presidente candidata quer ver em funcionamento estruturas como a Sala de Espectáculos, «que será um centro de artes com programação de nível europeu», a Biblioteca, «que dotará a Guarda de um equipamento de grande importância», ou o Parque Urbano, «onde os guardenses irão passear». O Centro Histórico esteve nos anteriores programas de candidatura, mas a sua recuperação foi sendo adiada. «Esta é uma das razões para me recandidatar», afiançou Maria do Carmo a propósito do mau estado de conservação da cidadela. «Não me podia ir embora sem cumprir essa promessa e velho anseio dos guardenses: ter um Centro Histórico rutilante», sublinha. Em relação à equipa que a deverá acompanhar nesta terceira corrida eleitoral a candidata não abre o jogo. «Queremos continuar a cumprir» e para isso poderá ser necessário «fazer alguns acertos». O descontentamento em relação a um ou outro colaborador ficou em evidência, mas, para já, «é prematuro» e «contraproducente» falar em nomes, assumindo que «haverá pelo menos um a mudar». Quem? A candidata não foi mais longe.

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